Estimativa da evapotranspiração de referência pelo Irrigâmetro nas condições climáticas do sul do Estado do Tocantins

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Giovanelli, Luan Brioschi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Construções rurais e ambiência; Energia na agricultura; Mecanização agrícola; Processamento de produ
Mestrado em Engenharia Agrícola
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3620
Resumo: Na atual problemática envolvendo a escassez de água no mundo, torna-se imprescindível a busca por alternativas que otimizem o uso desse recurso para fins de irrigação, haja vista que essa atividade consome cerca de 70% da água total mundial extraída de aquíferos, rios e lagos. Nesse contexto, os métodos de manejo da irrigação ganham destaque devido a sua importância quanto à conservação de água e maximização da produção agrícola, além de serem essenciais para melhorar o desempenho e a sustentabilidade de sistemas de irrigação. Diante do panorama mencionado, o Irrigâmetro surge como importante alternativa para manejo da irrigação, devido a sua praticidade e boa precisão para estimar a evapotranspiração, processo esse, utilizado para determinar a necessidade hídrica das culturas. Pesquisas realizadas com o Irrigâmetro, em diferentes condições climáticas e em diferentes períodos do ano, permitem realizar um melhor ajuste do aparelho, aperfeiçoando-o. Frente ao exposto, os objetivos desta pesquisa foram: (a) Determinar o coeficiente do Irrigâmetro (KI) para as estações do ano, no período de setembro de 2008 a setembro de 2011, para diferentes alturas da água dentro do evaporatório do Irrigâmetro, para a região sul do Estado do Tocantins; (b) Estabelecer, para cada estação, a altura da água no evaporatório referente ao KI igual a 1; e (c) Avaliar os efeitos dos elementos meteorológicos (temperatura máxima, temperatura mínima, umidade relativa do ar, velocidade do vento e radiação solar) na evapotranspiração estimada pelo Irrigâmetro (ETI), operando com diferentes alturas da água dentro do evaporatório, para as estações dos anos estudados. O estudo foi conduzido na área experimental da Universidade Federal de Tocantins (UFT), no Campus Universitário de Gurupi, situada no Município de Gurupi, TO. O experimento foi montado num delineamento inteiramente casualizado, com sete alturas da água no evaporatório do Irrigâmetro, representando os tratamentos, com três repetições. Os dados meteorológicos foram coletados numa estação meteorológica automática e utilizados na determinação da evapotranspiração de referência (ET0), com uso do programa computacional REF-ET, com base na equação de Penman-Monteith FAO 56. Ocorreu aumento linear do KI com a elevação da altura da água dentro do evaporatório nas estações da primavera e do verão. Já no outono e no inverno, o aumento foi exponencial. A altura da água recomendada no evaporatório do Irrigâmetro, de modo que este estime a ET0 na região Sul do Estado do Tocantins, para a estação da primavera, é igual a 3,4 cm; para o verão, 4,0 cm; para o outono, 3,8 cm; e, para o inverno, 2,3 cm. Os elementos meteorológicos umidade relativa e radiação solar apresentaram alta correlação com a ETI em todas as estações dos anos analisadas. A temperatura mínima e a velocidade do vento foram os elementos meteorológicos que apresentaram menor efeito indireto sobre a ETI, quando associadas aos demais elementos.