Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
Teixeira, Débora do Amaral |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10100
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Resumo: |
A propagação vegetativa de eucalipto por meio da técnica de miniestaquia vem sendo amplamente empregada nas principais empresas florestais do país. No entanto, ainda se verifica heterogeneidade quanto ao enraizamento entre os genótipos, principalmente na fase inicial de adaptação dos clones. Deste modo, técnicas alternativas que otimizem o enraizamento de estacas e miniestacas de eucalipto são fundamentais para melhorar a qualidade das mudas e reduzir o custo de produção. Além de potencialmente poderem atuar como promotoras de enraizamento, a utilização de rizobactérias na multiplicação clonal de eucalipto, pode propiciar a obtenção de mudas com maior resistência às doenças associadas a viveiros de propagação. Testaram- se 107 isolados de bactérias, obtidos da rizosfera de mudas de diferentes clones de eucalipto, quanto ao seu potencial como promotores de enraizamento de estacas e miniestacas de Eucalyptus spp. Para tanto, amostras de substrato à base de composto de casca de arroz carbonizada:vermiculita (1:1) foram tratados com 10 ml de uma suspensão de cada isolado (OD 540 = 0,2A)/tubete, correspondendo à cerca de 10 8 ufc/ml. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado (DIC) com cinco repetições por tratamento, cada uma delas constituídas por 10 estacas. Aos 30 dias, avaliou-se o enraizamento médio (porcentagem média de estacas enraizadas) e o peso médio do sistema radicular seco. Dez isolados destacaram-se como excelentes indutores de enraizamento, propiciando ganhos de até 110% no enraizamento médio e de até 250% no peso de raiz. Esses isolados também foram eficientes no enraizamento de miniestacas, cujos ganhos variaram de acordo com o clone e isolado testados. Também se avaliou o efeito dos 10 isolados como promotores de enraizamento em três diferentes substratos: vermiculita pura; moinha de carvão:composto de casca de eucalipto:vermiculita (5:3:2) e composto de casca de arroz carbonizada:vermiculita (1:1). Não se observou interação isolado-substrato, sendo que o substrato à base de composto de casca de arroz carbonizada foi muito superior, quanto à porcentagem de miniestacas enraizadas e ao peso médio de raiz seca. Mudas com cerca de 80 dias de idade, previamente enraizadas em substrato tratado com as rizobactérias, foram testadas quanto à resistência à ferrugem do eucalipto e à mancha de Cylindrocladium candelabrum, em câmaras de crescimento (22 o C/ fotoperíodo = 12 h). Utilizou- se um DIC com quatro repetições, cada uma com três plantas, para ferrugem, e quatro tratamentos com cinco repetições para Cylindrocladium. Aos 13 dias da inoculação, avaliaram-se o número médio de pústulas/ folha, número de soros/ amostra e o número médio de esporos/ soro. Na avaliação da mancha de Cylindrocladium candelabrum, mediu-se apenas o tamanho da lesão ao oitavo dia após a inoculação, visto a mesma ter sido feita utilizando-se discos de micélio. Dois isolados foram bastante eficientes na redução da severidade da ferrugem, no entanto, o mesmo efeito não foi observado para Cylindrocladium. Com o tratamento das mudas com rizobactérias apenas uma semana antes da inoculação com Puccinia psidii, obteve-se redução na severidade da doença muito menor do que a observada nas mudas enraizadas em substrato tratado com bactérias. Os maiores ganhos obtidos no enraizamento de miniestacas (20-40%) são bem expressivos, visto que a técnica de miniestaquia propiciou um ganho de no máximo 40% de enraizamento em relação à estaquia convencional e, no caso do tratamento com rizobactérias, não seria necessário nenhum ajuste no manejo ou na infra-estrutura dos viveiros. Somando-se a esse ganho direto, pode-se ter um melhor aproveitamento da estrutura física desses viveiros, ao se diminuir o tempo que as miniestacas necessitem permanecer em casa-de-vegetação para um bom enraizamento. Os isolados selecionados foram eficientes em várias condições e em diferentes genótipos o que viabiliza a sua utilização em larga escala. Estudos de formulação ainda são necessários, de preferência empregando-se a própria fração orgânica utilizada no preparo dos substratos de enraizamento como veículo. Além disso, o conhecimento dos mecanismos de atuação podem ajudar a potencializar a promoção de crescimento, otimizando a aplicação prática dos isolados em condições de campo. Abre-se aqui um vasto campo de estudo visando aproveitar ao máximo o potencial de rizobactérias na eucaliptocultura. |