Passifloras silvestres: área foliar, relações alométricas e potencial como porta-enxerto do maracujazeiro-amarelo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Morgado, Marcos Antonio Dell'orto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de
Doutorado em Fitotecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1166
Resumo: Os objetivos deste trabalho foram: desenvolver modelos lineares que possibilitam predizer a área foliar das espécies P. alata, P. coccinea, P. gibertii, P. ligularis, P. misera, P. mucronata, P. nitida e P. setacea utilizando simples medidas lineares; quantificar as características de crescimento e relações alométricas das espécies P. cincinnata, P. edulis f. flavicarpa, P. gibertii, P. morifolia e P. mucronata; estudar o potencial de uso das espécies P. alata, P. cincinnata, P. edulis, P. gibertii, P. morifolia e P. mucronata como porta-enxerto do maracujazeiro-amarelo. No experimento 1, foram amostradas aleatoriamente 300 folhas por espécie, nos diferentes exemplares de cada espécie. Essas folhas foram cuidadosamente destacadas e transportadas em caixas térmicas até o laboratório, onde se mensurou a área foliar com auxílio do medidor de área foliar de bancada. Em espécies com folhas não lobadas foram mensurados o comprimento da nervura principal (c) e a maior largura da folha (l). Em espécies que possuem mais de um lóbulo por folha, foram mensurados o comprimento da nervura principal (C) e a maior largura entre a extremidade distal dos lóbulos mais externos (L). A variável dependente (área foliar total) foi estimada por regressão linear utilizando as variáveis independentes: comprimento, largura e o produto entre estas. Para avaliar estatisticamente o desempenho dos modelos desenvolvidos para estimar a área foliar nas diferentes espécies, utilizaram-se 50 folhas com intuito de correlacionar os valores medidos com os estimados. Observou-se que a utilização das dimensões lineares comprimento e largura proporcionaram uma estimativa satisfatória para as diferentes espécies de Passiflora, bem como foi possível observar que os coeficientes de determinação (R²) apresentaram-se superiores a 0,92, resultando em excelentes estimativas de área foliar, consideradas muito boas para essa cultura e os modelos propostos para estimar a área foliar através da medida de dimensões lineares da folha, apresentaram um ótimo desempenho, já que para todas as espécies o índice c foi superior a 0,85. Para o experimento 2, as sementes das passifloras foram colocadas para germinar em areia lavada contida em caixas plásticas de 40 cm de largura x 20 cm de altura x 100 cm de comprimento e após completa expansão da folha cotiledonar, 48 plântulas de cada espécie foram transplantadas para tubos de PVC de 100 mm de diâmetro e 150 centímetros de altura, contendo mistura de terra corrigida quanto a acidez e adubada, areia e esterco na proporção 3:1:1. As características de crescimento da raiz e da parte aérea foram determinadas em oito plantas de cada espécie, sendo a primeira após transplantio e as demais aos 15, 30, 45, 60, 75, 90 e 105 dias após o transplantio. As características avaliadas foram: altura da planta, número de folhas, área foliar, número de raízes secundárias, comprimento da raiz pivotante, volume do sistema radical. Após estas determinações, o material foi acondicionado, separadamente (caule, folha e raiz), em sacos de papel e seco a 65oC em estufa com circulação forçada de ar até atingirem peso constante, para avaliação a massa seca. A partir da área foliar e massa seca foram calculados os seguintes parâmetros fisiológicos: taxa de crescimento absoluto, taxa de crescimento relativo, taxa assimilatória líquida, razão de peso foliar e razão de peso radical. As espécies P. cincinnata, P. gibertii e P. morifolia apresentaram taxas de crescimento igual ou superior ao P. edulis em todas as características avaliadas, durante todo período de avaliação e o sistema radical das espécies P. gibertii e P. morifolia apresentaram melhor distribuição ao longo do substrato, o que sugere melhor exploração do perfil do solo em volume e profundidade. A espécie P. mucronata obteve crescimento inferior às demais espécies, tanto da parte aérea quanto do sistema radical. No experimento 3, foram utilizadas as espécies como portaenxertos do maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa): P. alata, P. cincinnata, P. edulis f. flavicarpa, P. gibertii, P. morifolia e P. mucronata. Como tratamento testemunha foi utilizado o P. edulis f. flavicarpa (pé franco). A produção de mudas foi obtida por semeadura direta de 20 sementes de cada espécie em 10 L de substrato. Decorridos 60 dias após a semeadura, foi realizada a enxertia do tipo fenda cheia a 10 cm do colo da planta. As avaliações foram mensais e iniciaram aos 75 dias após a semeadura. As características avaliadas foram: percentagem de enxertos pegos, altura da planta, número de folhas, diâmetro do porta-enxerto e diâmetro do enxerto. O porta-enxerto P. mucronata proporcionou ao P. edulis f. flavicarpa maior altura da parte aérea e dentre as espécies utilizadas como porta-enxerto foi a que induziu maior comprimento de internódios. A espécie P. gibertii induziu efeito ananicante quando utilizada como porta-enxerto do maracujazeiroamarelo. As espécies P. mucronata e P. cincinnata mostraram-se promissoras para serem utilizadas como porta-enxertos do maracujazeiro amarelo.