Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Messias, Eliane Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/21756
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Resumo: |
A entrada para o mercado de trabalho constitui um momento de desafio para qualquer pessoa e, por isso, faz-se necessário que o indivíduo seja bem amparado e orientado para esse processo. Em se tratando das pessoas com deficiência, há maior necessidade de ações que visem proporcioná-las mais segurança para enfrentar o novo desafio. Entretanto, a inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho é marcada por diversos entraves de ordem técnica, ausência de incentivos econômicos por parte do governo, bem como as barreiras atitudinais que envolvem crenças e mitos negativos em relação a esses sujeitos. Diante dessa situação, a presente pesquisa teve o intuito responder à seguinte questão: Qual a percepção das pessoas com deficiência (PCDs) sobre sua entrada no mercado de trabalho, como isso afeta a sua família e qual é a visão das empresas sobre a inserção dessas pessoas no ambiente organizacional? O objetivo geral foi a inserção e atuação da pessoa com deficiência (PCD) no mercado de trabalho, considerando as perspectivas da pessoa com deficiência, do empregador e da família, buscando verificar se o estigma da diferença traz limitações ou as beneficia no seu avanço profissional. Por se pautar na busca por desvelar sentimentos, percepções, crenças e valores, esta pesquisa enquadra-se na perspectiva compreensiva, do tipo qualitativa, e foi realizada na cidade de Viçosa-MG, que, de acordo com o Censo (2010), possui 13.201 pessoas com deficiência. Foram convidados a participar da pesquisa indivíduos com deficiência, com idade acima de 18 anos, que estivessem contratados como trabalhadores em empresas da cidade de Viçosa-MG, além de seu chefe direto ou empregador, bem como um membro da família de cada um. A coleta de dados ocorreu por meio da realização de entrevistas semiestruturadas, e a análise destes se deu de forma descritiva, pautando-se nos referenciais teóricos, atentando-se para os significados do trabalho e da deficiência. Foram entrevistados 03 públicos diferentes: pessoas com deficiência, trabalhadores das empresas onde foi realizada a pesquisa, especificamente líderes dessas organizações, e membros da família das PCDs. As entrevistas com as PCDs demonstraram que elas reconhecem que, na sociedade, o preconceito ainda está presente, mas, nos ambientes de trabalho, a maioria disse não se sentir estigmatizada. Para elas, estar trabalhando possui um significado muito positivo e satisfatório e relatam não ter encontrado grandes dificuldades de adaptação. Todos os líderes entrevistados consideraram positiva a entrada das PCDs nas empresas. Relataram que as adaptações para a recepção dessas pessoas foram pequenas, mas que há dificuldade em encontrar candidatos com deficiência para ocupar as vagas em aberto. Para os familiares, o fato de o parente com deficiência estar trabalhando possui uma representatividade bastante positiva, principalmente no tocante à autonomia e ao aporte emocional. Sendo assim, apesar de o estigma para com as PCDs ainda estar presente, muitos avanços vêm sendo conquistados, e a entrada da pessoa com deficiência reflete positivamente tanto para elas próprias como para suas famílias e empresas nas quais estão inseridas. |