Estresse oxidativo em banana "Prata"; minimamente processada tratada com anti-oxidantes e avaliado em camundongo Apo-E-/-

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Melo, Anderson Adriano Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Controle da maturação e senescência em órgãos perecíveis; Fisiologia molecular de plantas superiores
Doutorado em Fisiologia Vegetal
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/981
Resumo: A banana sob a forma minimamente processada é altamente perecível, devido ao escurecimento enzimático e ao estresse oxidativo, que podem causar degradação de membranas do tecido vegetal. A imersão de rodelas de banana em soluções de alguns compostos químicos pode aumentar sua conservação comercial, torná-la um produto mais saudável, com maior capacidade antioxidante, e evitar o desenvolvimento de doenças degenerativas. Os objetivos deste trabalho foram avaliar os efeitos da imersão de rodelas de banana minimamente processada em misturas de antioxidantes sobre aspectos físicos, fisiológicos e bioquímicos, relacionados à qualidade visual, e associá-los às alterações no potencial antioxidante e estresse oxidativo. Propôs-se também a avaliar a ação da banana minimamente processada sobre a redução do desenvolvimento da aterosclerose em camundongos susceptíveis à doença. Para avaliação dos efeitos no tecido vegetal, bananas da cultivar Prata no estádio de maturidade 6 (casca totalmente amarela) foram imersas em soluções contendo ácido ascórbico, cloreto de cálcio e cisteína ou ácido cítrico durante o processamento mínimo. Avaliaram-se o efeito da imersão em soluções com e sem controle de pH sobre o escurecimento enzimático e o efeito do corte e do tratamento químico sobre o estresse oxidativo e o potencial antioxidante durante a conservação. No tecido vegetal, a imersão em solução contendo cisteína na mistura sob pH 2,0 reduziu a atividade da polifenoloxidase, manteve a maior concentração de compostos fenólicos solúveis, e mais alta a capacidade antioxidante, mas induziu maior peroxidação lipídica. O potencial antioxidante da banana minimamente processada, não imersa, reduziu-se em 80%, enquanto as imersas exibiram redução de 50%. A redução do potencial antioxidante na polpa da banana mostrou-se correlacionada com a redução na concentração de fenóis solúveis (r = 0,96), enquanto a peroxidação de lipídeos esteve correlacionada com a atividade da catalase e da superóxido dismutase. O tratamento com antioxidantes proporcionou maior redução da atividade da catalase, bem como mostrou aumento na concentração de aldeído malônico nos tecidos. Para avaliação dos efeitos nos tecidos animais, rodelas de banana minimamente processada foram imersas em ácido ascórbico e cloreto de cálcio e fornecidas diariamente na suplementação alimentar de camundongos Apo-E-/-, durante dez semanas. Foram avaliados o desenvolvimento de lesões ateroscleróticas em artérias e o estresse oxidativo no fígado. A suplementação da dieta com banana minimamente processada evitou o desenvolvimento de lesões ateroscleróticas nas aortas. A peroxidação lipídica no tecido hepático revelou que o tratamento com ácido ascórbico e cloreto de cálcio na solução causou maior estresse oxidativo, refletindo-se em menor capacidade antioxidante. O tratamento da banana minimamente processada com cloreto de cálcio 1% (p/v) + ácido ascórbico 1% (p/v) + cisteína 1% (p/v) foi benéfico para a manutenção da qualidade do produto, mas mostrou que pode acelerar processos degenerativos relacionados ao estresse oxidativo no tecido. A ingestão diária de banana minimamente processada não-tratada parece ter efeito positivo sobre o controle do desenvolvimento da aterosclerose em camundongos Apo-E-/-.