Toxicity of insecticides to lepidopteran pests, selectivity to predatory stinkbugs and behavioral aspects of these natural enemies

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Castro, Ancidériton Antonio de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Ciência entomológica; Tecnologia entomológica
Doutorado em Entomologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
IPM
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/921
Resumo: A aplicação de inseticidas, muitas vezes usado erroneamente e de forma abusiva, sem considerar o limite recomendado, é o método de controle de pragas utilizado pela maioria dos produtores de soja. O Brasil é o maior consumidor mundial de pesticidas e a utilização desses compostos aumentou em outras partes do mundo, em diferentes culturas. O controle de pragas em plantas de soja é baseada em pesticidas convencionais, incluindo ciclodienos, organofosfatos e piretróides. O controle biológico com parasitóides, predadores e resistência de plantas a insetos são importantes para programas de manejo integrado de pragas (MIP). Portanto, a utilização de inseticidas deverá ser compatível com as diferentes estratégias de controle para manter a viabilidade da agricultura. Percevejos predadores como Podisus maculiventris (Say), Podisus nigrispinus (Dallas) e Supputius cincticeps (Stal) (Heteroptera: Pentatomidae) apresentam potencial para o controle biológico de pragas. Os objetivos dessa pesquisa foram avaliar a toxicidade e aspectos comportamentais dos predadores P. nigrispinus e S. cincticeps expostos aos clorantraniliprole, deltametrina, espinosade e metamidofós, inseticidas normalmente utilizados no controle da lagarta-da-soja. A sobrevivência, reprodução e os parâmetros de tabela de vida do predador P. nigrispinus, alimentado em lagartas de xAnticarsia gemmatalis (Hübner) (Lepidoptera: Erebidae) criadas em folhas da soja previamente expostas a quatro inseticidas utilizados nesta cultura (clorantraniliprole, deltametrina, espinosade e metamidofós), foram avaliados. A toxicidade de alguns inseticidas botânicos aprovados pelo Organic Materials Review Institute (OMRI) contra Spodoptera exigua (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae) para P. maculiventris em laboratório foi, também, avaliada. Todos os inseticidas, exceto a deltametrina para S. cincticeps, apresentaram maior toxicidade para a praga que a esses inimigos naturais, fornecendo controle efetivo de A. gemmatalis. As doses recomendadas de campo de deltametrina, metamidofós e espinosade, para o controle de A. gemmatalis, causaram 100% de mortalidade de ninfas de P. nigrispinus e S. cincticeps. Clorantraniliprole foi o menos tóxico e o inseticida mais seletivo para esses predadores, com mortalidades menores que 10% expostos a 10x a dose recomendada de campo por período de 72 h. Alterações do padrão de comportamento em predadores foram encontrados para todos os inseticidas, especialmente metamidofós e espinosade, os quais apresentaram irritabilidade (evitar após o contato) para ambas as espécies predadoras. No entanto, a repelência inseticida (evitar sem contato) não foi observada em nenhum dos insetos testados. Os efeitos letais e subletais de pesticidas sobre os inimigos naturais são de grande importância para o MIP, e nossos resultados indicam que a substituição de inseticidas piretróides e organofosforados em suas doses de campo por clorantraniliprole pode ser um fator chave para o sucesso de programas de MIP de A. gemmatalis em soja. Durante estudos de tabela de vida, espinosade e ximetamidofós não foram compatíveis com P. nigrispinus em programas de MIP em soja, enquanto deltametrina foi levemente tóxico e clorantraniliprole pode ser considerado o mais promissor devido à menor toxicidade para este predador. Entrust® e Coragen® apresentaram maiores toxicidade para a praga que o predador e PyGanic® e Azera® maiores toxicidade para o predador que a praga utilizando os bioensaios com frascos de vidro. Coragen® também demonstrou maior toxicidade contra S. exigua utilizando bioensaios de incorporação de dieta, seguido por Entrust®, PyGanic® e Azera®. Os bioensaios de toxicidade oral mostraram que Entrust® apresentou maior toxicidade contra P. maculiventris seguido por PyGanic®, Azera® e Coragen®. No presente estudo a noção de que os compostos naturais são mais seguros do que os compostos sintéticos para espécies não-alvo é refutada, o qual mostrou que o inseticida sintético Coragen® foi menos tóxico do que os inseticidas naturais PyGanic®, Azera® e Entrust®. Certos bioinseticidas não devem ser isentos de avaliações de risco e seus efeitos sub-letais não-alvo não devem ser negligenciados para a utilização de inseticidas em programas de manejo integrado de pragas.