A qualidade da presa afeta o desenvolvimento e a reprodução de Podisus nigrispinus (Heteroptera: Pentatomidae)?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Peluzio, Robson José Esteves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de
Mestrado em Fitotecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4482
Resumo: O predador Podisus nigrispinus (DALLAS, 1851) (Heteroptera: Pentatomidae) é um agente importante de controle biológico no agroecossistema de soja. Ele tem sido criado em laboratório, com diversos tipos de presas e plantas, o que melhora suas características biológicas e reprodutivas. O objetivo deste trabalho foi avaliar efeitos de compostos seqüestrados de plantas de soja pela presa natural Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 (Lepidoptera: Noctuidae), comparada à presa alternativa Tenebrio molitor Linnaeus, 1758 (Coleoptera: Tenebrionidae), nas características reprodutivas e no crescimento populacional de P. nigrispinus, com ou sem plantas de soja. Dois ensaios independentes foram realizados, o primeiro com planta e o segundo sem planta. No primeiro, P. nigrispinus foi criado em plantas de soja da cultivar UFV 16, com lagartas de A. gemmatalis criadas com dieta artificial (T1); lagartas de A. gemmatalis criadas com folhas de soja da cultivar UFV 16 (T2); e pupas de Tenebrio molitor (T3) ou pupas de A. gemmatalis criadas com folhas de soja (T4). No segundo ensaio P. nigrispinus foi criado sem planta, com lagartas de A. gemmatalis criadas com dieta artificial (T1); e lagartas de A. gemmatalis criadas com folhas de soja da cultivar UFV 16 (T2) ou pupas de T. molitor (T3). No primeiro ensaio P. nigrispinus apresentou maiores valores da duração da fase ninfal no T2; sobrevivência ninfal nos T1, T2 e T3; peso de ninfas de quinto estádio e de machos e fêmeas, números de ovos e ninfas por fêmea e de posturas no T3; menor número de ovos por postura no T2; e maior longevidade de fêmeas nos T2 e T3. A taxa líquida de reprodução (Ro) e a duração de uma geração (DG) foram menores no T1. O tempo para duplicar sua população (TD) e as razões finita (?) e infinitesimal (rm) de aumento populacional foram semelhantes. No segundo ensaio P. nigrispinus teve maior duração da fase ninfal no T1; e maior peso do quinto estádio e de machos e fêmeas, maior número de ovos e de ninfas por fêmea e o de posturas e ovos por postura e maior longevidade no T3. A taxa líquida de reprodução de P. nigrispinus (Ro) foi maior no T3; a duração de uma geração (DG) menor nos T1 e T2; o tempo necessário para o predador dobrar sua população em número de indivíduos (TD) foi menor nos T3 e T1, e os valores das razões finita (?) e infinitesimal (rm) de aumento populacional maiores nos T3 e T1. Nos dois ensaios, os parâmetros reprodutivos de P. nigrispinus foram melhores com pupas de T. molitor, provavelmente devido às melhores qualidades nutricionais dessa presa e ao efeito de plantas de soja no predador no segundo ensaio. Esse predador pode ser utilizado em programas de controle biológico de A. gemmatalis, por ter apresentado crescimento populacional com essa presa.