Uma leitura interseccional da subjetividade em Garota, mulher, outras, de Bernardine Evaristo
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br/handle/123456789/32922 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.326 |
Resumo: | Garota, mulher, outras foi o primeiro romance de Bernardine Evaristo traduzido e publicado no Brasil. O objetivo deste trabalho é discutir a respeito das personagens e suas subjetividades interseccionando gênero, raça, classe e sexualidade. Para tanto, retomamos o histórico do desenvolvimento do conceito de interseccionalidade antes mesmo de ser cunhado (COLLINS & BILGE, 2020), e situamos os debates sobre identidade em contato com as questões diaspóricas (HALL, 2003; 2005). Nos baseamos principalmente em Judith Butler (2010) que, ao propor o gênero como uma performance, abriu uma série de discussões a respeito da subjetividade gendrada. Assim, foi possível debater as identidades de Amma enquanto mulher negra, lésbica e ativista; a de Nzinga, enquanto dominadora em um relacionamento lésbico; e a de Bummi, atravessada por diversas vivências relacionadas à colonialidade. Outras filósofas e pensadoras como Adrienne Rich, Monique Wittig e Françoise Vergès também foram essenciais para o desenvolvimento dessa pesquisa. Pudemos concluir que no romance de Evaristo as subjetividades das personagens oferecem uma representação quase inédita na ficção literária, por tratar de personagens que ultrapassam os estereótipos a respeito da feminilidade e da negritude. Palavras-chave: Garota, mulher, outras; Bernardine Evaristo; estudos feministas; identidade; lesbianidade. |