Morfometria testicular em ratos wistar adultos tratados com paracetamol (acetaminofeno)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Araújo, Bruna Moraes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Análises quantitativas e moleculares do Genoma; Biologia das células e dos tecidos
Mestrado em Biologia Celular e Estrutural
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2306
Resumo: O paracetamol é um analgésico e antipirético de venda livre considerado seguro e bem tolerado em doses terapêuticas, mas pode causar danos hepáticos e extrahepáticos em modelos animais e humanos expostos a altas doses. A administração de doses supraterapêuticas de paracetamol tem sido relacionada a lesões testiculares e alteração do comportamento sexual em modelos animais. Neste estudo, avaliou-se o efeito do uso crônico de paracetamol em doses terapêuticas e supraterapêuticas sobre a biometria corporal e testicular e sobre os compartimentos tubular e intertubular dos testículos de ratos Wistar em idade reprodutiva. Utilizou- se 35 ratos, divididos em cinco grupos com sete animais: o grupo um (controle), recebeu solução oral de xarope de frutose; os grupos dois e quatro receberam doses diárias de 57mg de paracetamol em solução oral (xarope de frutose); e os grupos três e cinco, receberam doses de 114mg do mesmo. Após 53 dias de tratamento, os grupos um, dois e três foram eutanasiados, enquanto os grupos quatro e cinco foram mantidos por mais 53 dias, recebendo apenas água e ração. O tratamento crônico com paracetamol causou redução do índice gonadossomático (IGS), da altura do epitélio seminífero e do índice tubulossomático (ITS), independentemente da dose utilizada, porém apenas em animais sacrificados 53 dias após o término do tratamento. Houve, ainda, redução significativa, também tardia, do volume dos túbulos seminíferos, da massa total do testículo, da massa do parênquima testicular, do volume do tecido conjuntivo, do olume do núcleo de células de Leydig, do diâmetro do núcleo de células de Leydig, do índice Leydigossomático e do índice somático das glândulas vesiculares nos animais do grupo tratado cronicamente com paracetamol em doses supraterapêuticas. Os dados acima sugerem que o uso crônico do paracetamol possa afetar tardiamente a produção espermática, independentemente da dose, e a produção de andrógenos pelas células de Leydig, em doses supraterapêuticas.