Territorialização, conflitos e construção das identidades no assentamento rural Aurora em Descalvado-SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Magno, Lucas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Instituições sociais e desenvolvimento; Cultura, processos sociais e conhecimento
Mestrado em Extensão Rural
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4150
Resumo: A temática da reforma agrária no Brasil tem ganhado destaque nos últimos anos em virtude do agravamento dos conflitos fundiários e também da criação de Projetos de Assentamentos rurais (PA s). Muito embora o que tem sido feito sob esse nome esteja aquém de uma real mudança na estrutura e na concentração da propriedade de terras no país, o número de PA s vem aumentando significativamente trazendo para o espaço rural brasileiro novos sujeitos e incitando transformações econômicas e sociais. Nesse sentido, é fundamental compreender como esses novos territórios se constituem, a partir de quê e de quem e quais lições eles trazem para o debate sobre desenvolvimento rural. Nesse contexto, esse trabalho analisa como a constituição de um PA no município de Descalvado configura-se como um processo de produção do espaço com a construção de novas ruralidades e identidades. O objetivo geral foi analisar os processos de territorialização do assentamento rural Aurora e o de construção de novas identidades sociais nesse município. Trata-se de uma pesquisa descritiva e explicativa que fez uso da observação participante, de questionários e de entrevistas semi-estruturadas para a coleta de dados. Os resultados apontaram que o assentamento foi formado a partir da confluência de dois processos: um derivado da exclusão econômica dos trabalhadores bóias frias com o avanço do agronegócio da cana e da mecanização da colheita e outro como o resultado de trajetórias socioculturais dos trabalhadores que construíram estratégias de reinserção social. Assim, consideramos que a luta pela terra nesse município situa-se num processo de desterritorialização e (re)territorialização, onde a conquista da terra passa a compor o campo de possibilidades de reprodução social de um grupo e de (re)criação de espaços.