Características estruturais de plantas determinam riqueza de espécies de formigas no Cerrado?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Santos, Iracenir Andrade dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Ciência entomológica; Tecnologia entomológica
Mestrado em Entomologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Ant
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3949
Resumo: A diversidade de espécies é afetada por vários processos que operam em diversas escalas espaciais. Em escala local, as interações biológicas e físicas são geralmente importantes para a determinação da diversidade, e neste aspecto as interações entre formigas e plantas são bastante estudadas. Este estudo teve como objetivo principal investigar a importância de características estruturais das árvores, tais como arquitetura de copa, rugosidade de cascas e tamanho da planta, no padrão de ocorrência das comunidades de formigas arborícolas em cerrado, testando as seguintes hipóteses: 1) plantas com cascas mais rugosas têm maior riqueza de espécies de formigas; 2) plantas com súber mais espesso têm maior riqueza de espécies de formigas; 3) plantas com arquitetura de copas mais complexas têm maior riqueza de espécies de formigas; e 4) plantas maiores têm mais espécies de formigas. As coletas foram feitas com armadilhas do tipo pitfall em 120 plantas, distribuídas em quatro parcelas, no Cerrado da FLONA de Paraopeba, Minas Gerais, Brasil. Foram coletadas 73 espécies de formigas em 46 espécies de árvores. A rugosidade de casca teve uma relação significativa e inversa à riqueza de espécies de formigas. Assim, plantas com cascas mais rugosas apresentaram menor riqueza de espécies de formigas. Já a espessura do súber, a arquitetura de copa e o tamanho das plantas não foram significativos na riqueza de espécies de formigas nesta área de cerrado. Observamos que a avaliação de fatores locais em escalas muito pequenas, como estruturas das plantas, forma de crescimento, tamanho e as parcelas nas quais as plantas estão inseridas, são fundamentais para a compreensão do padrão de riqueza e distribuição das espécies de formigas no cerrado. Desse modo, sugerimos que os processos em pequenas escalas, tais como características estruturais e espécies das plantas, bem como recursos, sejam considerados como fatores importantes na riqueza de espécies de formigas em ambientes de cerrado.