Efeito do consumo de kombucha de chá verde (Camellia sinensis) sobre marcadores de estresse oxidativo e de risco cardiometabólico em indivíduos com excesso de peso
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Ciência da Nutrição |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br/handle/123456789/32795 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.181 |
Resumo: | A kombucha é uma bebida fermentada por uma cultura simbiótica de bactérias e leveduras chamada Symbiotic Culture of Bacteria and Yeast (SCOBY), que tem como substrato o chá de Camellia sinensis (chá verde, preto, branco ou vermelho) e açúcares. Estudos in vitro e experimentais com animais indicam que a kombucha promove efeitos benéficos sobre marcadores do estresse oxidativo, perfil lipídico e glicídico. Tais resultados podem sugerir potencial benefício do consumo de kombucha para a saúde humana. Por estes motivos, o presente estudo objetivou investigar o efeito do consumo diário de kombucha de chá verde sobre o estresse oxidativo e marcadores de risco cardiometabólico em indivíduos com excesso de peso. Tratou-se de um ensaio clínico, randomizado controlado, com 59 indivíduos que foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos experimentais paralelos: 1) restrição calórica (-500 kcal/dia) sem consumo de kombucha (n= 29); 2) restrição calórica (-500 kcal/dia) + kombucha de chá verde (200mL/dia) (n= 30). O período de intervenção teve duração de dez semanas, ao longo das quais todos participantes seguiram um plano alimentar prescrito. Ao início e final da intervenção, todos compareceram ao laboratório para coleta de sangue, e aferição da pressão arterial e índice tornozelo-braquial (ITB). A partir das amostras biológicas foram analisados os marcadores da função endotelial (ICAM, VCAM, CD36), de estresse oxidativo (SOD, FRAP, GPx, GR, LDL-ox, ON, MDA e H2O2), de perfil lipídico (CT, LDL-c, HDL-c, VLDL-c, TG, Apo A e Apo B) e perfil glicídico (glicose, insulina e hemoglobina glicada). Além disso, o ácido úrico sérico foi dosado e os índices de Castelli I e II, TyG, HOMA-IR, HOMA-β e Apo A/Apo B foram calculados. As análises estatísticas foram realizadas no software SPSS (versão 25.0, EUA), considerando-se um nível de significância de α= 0.05. Ao início do estudo, a média de idade foi de 33,61 ± 6,95 anos e de IMC 32,74 ± 3,70 kg/m2. Após o período de intervenção, o grupo kombucha reduziu H2O2 em relação ao grupo controle (p=0.006). Ainda, os homens do grupo kombucha reduziram a hemoglobina glicada, diferente daqueles do grupo controle, que aumentaram o marcador (p=0.010). Os demais marcadores avaliados não diferiram entre os grupos controle e kombucha. Ambos os grupos reduziram significativamente o ON, índice de Castelli I e HOMA-β comparado a linha de base. Por outro lado, o consumo de kombucha aumentou ITB e reduziu CT, LDL-c, VLDL-c, TG, índice de Castelli II e ácido úrico, enquanto o grupo controle aumentou hemoglobina glicada e ICAM em relação a linha de base. Em conclusão, o consumo diário de 200 mL de kombucha de chá verde, por dez semanas, reduziu o radical pró-oxidante peróxido de hidrogênio em indivíduos com excesso de peso, e entre os homens, reduziu a hemoglobina glicada. Por fim, a bebida, quando associada à dieta com restrição calórica, apresentou benefícios à saúde cardiometabólica, como melhora do perfil lipídico, ácido úrico e ITB. Palavras-chave: Obesidade; Bebida Fermentada; Peróxido de Hidrogênio; Hemoglobina Glicada |