Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Eugênio Eduardo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10084
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Resumo: |
Estudos sobre evolução da resistência a inseticidas geralmente associam esse fenômeno a um custo adaptativo ao indivíduo. O pleno conhecimento dos mecanismos que regulam estes custos, possibilita o desenvolvimento de estratégias de controle que podem vir a ser utilizadas no manejo integrado de pragas. Logo, o objetivo deste trabalho foi verificar se a resistência a inseticidas em populações de Sitophilus zeamais (Motschulsky) incorre em desfavorecimento adaptativo na ausência de inseticidas. Foram realizados dois experimentos de competição nesse estudo. Em um experimento, indivíduos resistentes e provenientes da população de Jacarezinho foram submetidos a competição com indivúdos susceptíveis por três gerações consecutivas na ausência de inseticidas. O delineamento experimental utilizado foi do tipo fatorial bivariada obtida da expansão de uma série aditiva com dois níveis de densidade inicial de insetos (baixa densidade = 50 indivíduos de uma das populações e série crescente da outra população; e alta densidade = 100 indivíduos de uma das populações e série crescente da outra população). No segundo experimento, as condições experimentais são idênticas ao primeiro experimento, apenas com uma única diferença; que era a procedência dos indivíduos resistentes. Indivíduos resistentes provenientes da população de Juiz de Fora foram utilizados no segundo experimento. O número total de indivíduos, a mortalidade ocasionada por deltametrina, massa corpórea e taxa respirométrica da população foram os parâmetros utilizados para a verificação da existência de custo adaptativo em ambos experimentos. Os resultados de competição obtidos neste estudo, apontam para a existência de diferentes padrões populacionais de expressão da resistência a inseticidas. Indivíduos resistentes e provenientes da população de Jacarezinho contribuem semelhantemente aos indivíduos susceptíveis para a constituição da população resultante da competição. Já os indivíduos susceptíveis quando submetidos a competição com indivíduos provenientes da população de Juiz de Fora, apresentaram melhor performance de desenvolvimento do que os indivíduos resistentes. Logo, a expressão da resistência a inseticidas na população de Jacarezinho, parece ser uma característica já fixada na população, onde a produção dos aparatos de defesa contra piretróides já não mais incorrem em desfavorecimento adaptativo. Entretanto, o desfavorecimento adaptativo dos indivíduos resistentes provenientes da população de Juiz de Fora, provê suporte para a hipótese de que a alocação de energia para produção dos mecanismos de defesa a inseticidas, nesta população, estaria desfavorecendo a demanda de energia necessária para os processos relacionados à manutenção e reprodução dos indivíduos. Portanto, a adoção de estratégias de manejo que se baseiem apenas na interrupção de uso de inseticidas piretróides visando o retorno de aplicações destes inseticidas no futuro, podem não surtir os efeitos esperados em determinadas populações desta praga (por exemplo, a população de Jacarezinho). Isto porque, mesmo passado um determinado período de tempo, as populações resistentes desta praga podem ainda se manter como tais. |