Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Matheus Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/27296
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Resumo: |
O presente trabalho tem como problema de pesquisa analisar a influência da taxa de câmbio real (RER) e do hiato tecnológico no crescimento do produto. Tem-se por objetivo formalizar uma equação da taxa de crescimento do produto restrito pelo Balanço de Pagamentos que leve em consideração o hiato tecnológico e não linearidades da taxa de câmbio real. A partir das contribuições de Kaldor (1970) e dos trabalhos seminais de Dixon e Thirlwall (1975) e Thirlwall (1979) (o modelo KDT), bem como extensões desses modelos, foi possível observar a importância da estrutura produtiva, da competitividade extra preço e de fatores tecnológicos para explicar o crescimento. O presente modelo pode ser considerado uma extensão dos trabalhos de Missio e Gabriel (2016) e de Gabriel e Missio (2018), que formalizaram uma função que mostra como a produtividade responde a mudanças estruturais. O primeiro estudo apresenta uma função que mostra como as mudanças estruturais respondem, de maneira linear, à RER e ao Sistema Nacional de Inovação e o segundo, de forma não linear, à RER. Por sua vez, o presente estudo tem como contribuição: a) a formulação de uma função que relaciona mudanças estruturais ao hiato tecnológico e à não linearidades da RER; b) a endogeninização das elasticidades-renda do comércio internacional em relação ao hiato tecnológico; e c) a formalização do hiato tecnológico tendo como determinantes a diferença entre o estoque de conhecimento e a diferença do capital humano entre as economias na fronteira do conhecimento e os países seguidores. Conclui-se que desvalorizações cambiais estão associadas a um maior crescimento econômico até determinado ponto crítico e, após isso, passam a ter uma relação inversa. Isso se deve à relação da RER com a participação da indústria na economia, que afeta a produtividade, alterando a competitividade via preço e, consequentemente, os componentes do comércio internacional. Porém, a relação máxima entre RER e crescimento é condicionada ao hiato tecnológico. Se a distância tecnológica for muito grande, não haverá aumento da demanda por produtos industriais devido à baixa qualidade dos bens comercializáveis, mesmo que a economia seja competitiva em termos de preço. Ainda, foi possível apresentar um canal ao qual a redução do hiato tecnológico, proporcionado por melhoras exógenas do capital humano e aumento do estoque de conhecimento, pode levar à elevação do crescimento, seja por meio de mudanças estruturais ou pela melhoria da competitividade extra preço. O primeiro processo se deve ao aumento da lucratividade na indústria proporcionado pela maior qualidade dos produtos e, logo, da demanda pelos bens comercializáveis. O segundo está ligado ao aumento da atratividade dos bens domésticos, o que se reflete nas elasticidades-renda das exportações e das importações. Assim, foi possível observar como desvalorizações e a redução do hiato tecnológico podem levar a um novo processo de causalidade cumulativa. Essas variáveis estão associadas a mudanças estruturais que, por sua vez, tem efeito sobre a produtividade, o que altera os preços domésticos, afetando as exportações e, logo, o crescimento, levando a um novo ciclo de crescimento via mecanismo de Kaldor-Verdoorn (que atribui uma parcela do crescimento da produtividade ao próprio crescimento da renda). |