Avaliação do uso de surfactantes na remoção de Salmonella Enteritidis Aderida em superfície foliar da alface (Lactuca sativa L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Zerdas, Evelyn Rosse Mary Arnez
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Ciência de Alimentos; Tecnologia de Alimentos; Engenharia de Alimentos
Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2871
Resumo: Surfactantes de natureza diversa vêm sendo avaliados nas suas capacidades bactericidas como alternativas à utilização do cloro na sanitização de vegetais. Não obstante, a interação superfícies-microrganismos-surfactantes deve ser melhor compreendida, visando aprimorar os procedimentos de sanitização. Na presente pesquisa, foram avaliadas, em folhas de alface, as ações do cloreto de benzalcônio (BAC) (300 a 2000) mg·L-1 e do dodecilssulfato de sódio (SDS) (600 a 3500 ) mg·L-1 e o tempo de contato, na inativação das células sésseis de Salmonella Enteritidis. O efeito do tempo, e a temperatura no processo de adesão, a hidrofobicidade do microorganismo e a superfície foliar com diferente rugosidade e a posição na roseta de alface foram também avaliadas. Os resultados mostraram que o caráter hidrofóbico-hidrofílico das superfícies influem significativamente (p &#8804; 0,05) na adesão de Salmonella Enteritidis, e que o &#916;Gadesão foi favorável para folhas externa, interna e intermediária da roseta, em magnitudes diferentes. O número de células de Salmonella Enteritidis aderidas na superfície da folha intermediária (7,0 log UFC /cm2) foi, significativamente, menor (p &#8804; 0,05) do que as folhas externa (7,51 log UFC/ cm2 ) e internas (7,75 log UFC/cm2). As soluções de 1200 mg·L-1 de BAC e de 600 mg·L-1 de SDS, a 25 oC e 10 minutos de contato, atingiram reduções decimais de 1,2 e 0,83 log UFC/cm2, respectivamente, e significativamente (p < 0,05) menores que as 1,8 reduções decimais atingidas com 200 mg·L-1 de dicloroisocianurato de sódio. Incrementos no tempo de contato entre 5 e 60 minutos, da concentração mais eficiente de SDS (1200 mg·L-1) não apresentaram diferenças significativas (p &#8804; 0,05) nas reduções decimais. A adesão de Salmonella Enteritidis sobre a superfície de alface foi influenciada de forma aditiva pelo tempo 5 a 90 minutos, e a temperatura 5 a 25 o C, não havendo interação entre esses fatores. As soluções de BAC e SDS apresentaram eficiência limitada na remoção de Salmonella Enteritidis, não atingindo três reduções decimais requeridas para serem consideradas eficientes no controle de bactérias sésseis. Soluções de SDS podem ser alternativas para a utilização como detergente nos procedimentos de higienização de alface, desde que aspectos toxicológicos e sensoriais sejam levados em consideração.