Manejo de lodos de estações de tratamento de água: tratamento e valorização de resíduos na composição de massa para cerâmica artística
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Engenharia Civil |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/29813 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.040 |
Resumo: | Neste trabalho foram avaliadas técnicas para o manejo integrado (tratamento e aproveitamento) de lodo de estação de tratamento de água (ETA), na perspectiva de preservação ambiental e de valorização de resíduo. Foram investigadas duas opções de tratamento – tratamento térmico e químico – bem como o uso do lodo na produção, por via líquida, de massa cerâmica artística destinada à queima em alta temperatura (grês). Após tratamento térmico do lodo, rico em hidróxido de alumínio e matéria orgânica, como todo lodo gerado no tratamento de água com turbidez baixa e cor elevada utilizando coagulante a base de alumínio, obteve-se um produto com alto teor de alumina. A incorporação em massa cerâmica desse lodo tratado, como substituto do quartzo, foi capaz de aumentar a resistência mecânica das peças cerâmicas em até 50%, em média, atingindo valores de resistência à flexão acima de 60MPa. Por sua vez, o tratamento químico, baseado na técnica de recuperação de coagulante de lodo de ETA, teve como objetivo reduzir os teores de hidróxido de alumínio / ferro e de matéria orgânica presentes nos lodos de ETA, componentes estes que interferem na qualidade da cerâmica. O condicionamento por via alcalina, utilizando 10% em volume de NaOH 1N, reduziu cerca de 50% de matéria orgânica e de 60% de hidróxido de alumínio dos lodos gerados no tratamento da água utilizando sulfato de alumínio ou PAC. O lodo tratado quimicamente pode ser incorporado à barbotina cerâmica, sem necessidade de etapa de desaguamento, na proporção de 40% (peso úmido) para produção de peças artísticas com resistência à flexão típica de louça de mesa (entre 30 e 50 MPa) e absorção de água abaixo de 10% (cerâmica semi-vitrificada). O alto teor de umidade (94%) do lodo dispensa a adição de água à massa cerâmica; além disso, devido ao sódio residual do tratamento químico, o lodo substitui o defloculante químico convencionalmente usado. No entanto, é necessário manter o teor de sólidos da barbotina abaixo de 60% para controle de tixotropia excessiva. |