Desenvolvimento e análise mecânica ex vivo de duas novas placas de reconstrução bloqueadas para fraturas cominutivas de rádio de Lobo-guará e fêmur de Tamanduá-bandeira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Maria de Fátima Cotta da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Medicina Veterinária
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/30868
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.576
Resumo: O alto índice de atropelamentos tem sido discutido como a principal causa de politraumatismos e morte de espécies ameaçadas de extinção em território brasileiro. Variações anatômicas apresentadas nos ossos do Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) e do Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) são um fator dificultador para a escolha do implante. Diante disto, o desenvolvimento de novos implantes, baseados em estudos de biomecânica aplicada à estas espécies, pode otimizar o planejamento cirúrgico e beneficiar a recuperação do osso afetado, impactando positivamente na preservação destas espécies. O objetivo deste estudo foi desenvolver duas novas placas de reconstrução bloqueadas, uma em formato de T invertido, para rádio de Lobo-guará e outra em forma de L, para fêmur de Tamanduá-bandeira e, fixá-las com função ponte em ossos cadavéricos. Em seguida, realizar análise mecânica por meio de testes de compressão axial nas novas placas e em modelo de placa bloqueada Locking Compression Plate (LCP). Foram analisados carregamento máximo, rigidez, deslocamento e limite de escoamento em ensaio estático de bancada para as duas novas placas. No grupo do rádio de Lobo-guará foram realizadas simulações computacionais em carregamento estático e dinâmico com a placa T aplicada de duas formas diferentes (parafusos juntos ou alternandos) em dois modelos de fratura diafisária, média e distal, sob aplicação de três cargas diferentes 90,190 e 320N, correspondente à estação, caminhada e trote. Os resultados apresentados entre a nova placa T e o modelo LCP no teste estático de bancada foram similares entre si. Nas simulações computacionais o melhor desempenho foi observado nas placas aplicadas com parafusos juntos, sob 90N. As tensões máximas se concentraram no interior das perfurações e houve diminuição severa da vida em fadiga com aumento da carga. Para a nova placa testada no fêmur, foram observadas diferenças estatísticas no carregamento máximo e deslocamento com relação a placa LCP, sendo os maiores valores observados na placa LCP. Conclui-se que as novas placas desenvolvidas para o rádio de Lobo-guará e fêmur de Tamanduá-bandeira possibilitaram cobertura e alinhamento ósseo satisfatórios, além de desempenho mecânico semelhante à placa LCP. Portanto, ambas as placas podem ser utilizadas para o tratamento de fraturas cominutivas em rádio e ulna de Lobo-guará e fêmur de Tamanduá-bandeira e, são uma alternativa segura para osteossíntese em outras espécies que apresentem características ósseas e exigências mecânicas semelhantes às das espécies estudas. Palavras-chave: Ortopedia. Veterinária. Osteossíntese. Animal selvagem. Biomecânica