Estrógeno exógeno para indução do comportamento de estro no início do ciclo estral em vacas leiteiras
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de Mestrado em Medicina Veterinária UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5067 |
Resumo: | O objetivo do presente trabalho foi verificar o efeito do estrógeno exógeno, em fase precoce do ciclo estral, na redução do intervalo de estros. O experimento foi conduzido no Campo Experimental de Santa Mônica (CESM). Foram utilizadas 16 vacas mestiças holandês-zebu, distribuídas em dois grupos em função do hormônio utilizado (estradiol). Estes animais apresentavam escore corporal ≥ 3,0 (escala de 1 a 5), não-lactantes, com peso vivo médio de 458 Kg. Animais estavam ciclando regularmente, foram selecionados por meio de exame ginecológico (palpação retal e vaginoscopia), sendo utilizados no experimento aqueles sem qualquer alteração clinica ou reprodutiva. As vacas foram incluídas ao acaso nos respectivos tratamentos. Tratamento 1: oito vacas receberam 2,5 mL de Cipionato de estradiol no 1º dia do ciclo estral, via intramuscular (IM), na região da garupa, com agulha 25 X 0,7 mm, (considerando dia 0 o dia do estro). Tratamento 2 (Testemunha): oito vacas sem tratamento constituíram o grupo controle. A manifestação de estro foi monitorada visualmente durante uma hora por três vezes ao dia. Os exames ultra-sonográficos foram realizados por via transretal. As medições tiveram inicio no dia do estro e foram feitas diariamente pela manhã, por um único operador. Foram registrados o diâmetro máximo do maior e do segundo maior folículo presente em cada ovário. As características morfológicas do corpo lúteo foram avaliadas diariamente ao longo do ciclo estral, medindo-se a área da seção transversal (cm2). As coletas de sangue para as dosagens de progesterona tiveram início no dia do estro (dia 0) e foram realizadas a cada três dias até o próximo estro. Todos os animais que receberam estrógeno no 1o dia após o estro, manifestaram os sinais característicos de estro (psíquicos, útero túrgido e muco abundante) um dia após o tratamento. Verificou-se ainda que seis desses animais apresentaram esses sinais por dois dias consecutivos. Esta redução do intervalo de estro para apenas dois dias pode favorecer a eliminação de bactérias do útero (quando presentes), aumentando, consequentemente, a eficiência reprodutiva. Sabe-se que algumas alterações que ocorrem no estro podem favorecer a eliminação de infecções uterinas (clinícas ou subclínicas), sendo que a redução no intervalo desses é indicada para tratamento destas patologias. Excetuando o dia da emergência da 1a onda folicular, todas as outras variáveis estudadas (número e comprimento de ondas, características dos folículos dominantes e subordinados, assim como os parâmetros relacionados ao corpo lúteo e produção de progesterona) não foram afetadas pela aplicação de estrógeno um dia após o estro. o presente experimento, a dinâmica folicular das vacas mestiças (Holandês X Zebu) apresentou padrão de duas ou três ondas de crescimento folicular, independente do tratamento com estrógeno, sendo a mesma para os animais do grupo tratado e controle (37,5 de ciclos com duas ondas e 62,5% com três). A aplicação de Cipionato de Estradiol em vacas mestiças (Hol X Zebu), um dia após o estro natural promove o aparecimento de sinais de estro (psíquicos, útero túrgido e muco abundante) dois dias após o estro natural, sem afetar o ciclo estral subseqüente. |