Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Cosentino, Isabel Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/27131
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Resumo: |
O objetivo deste estudo foi avaliar distintos protocolos de indução do estro sincronizado e de ressincronização precoce do estro nas espécies caprina e ovina em diferentes categorias de ordem de parto. Foram realizados três experimentos na espécie caprina e quatro na espécie ovina. No primeiro experimento na espécie caprina, foi avaliado o efeito do momento da aplicação de 25 μg de lecirelina (28 ou 34h e controle com aplicação de solução salina às 28h), após a retirada da esponja de medroxiprogesterona (MAP) sintética, visando a sincronização da ovulação. Os resultados demonstraram que a lecirelina usada às 28 ou 34 h é eficiente para a sincronizar a ovulação. Não foram encontradas diferenças (P > 0,05) entre os grupos tratados com GnRH e o grupo controle quanto a apresentação de cio e média das ovulações. Entretanto, os intervalos entre a retirada da esponja e a ovulação, e da apresentação do cio até a ovulação apresentaram menor variação (P < 0,05) nos grupos tratados. No segundo estudo, foi avaliado o efeito do uso de uma esponja de MAP sintética durante a fase luteal (D16-D21) sobre a funcionalidade do corpo lúteo (CL) de cabras gestantes e não gestantes. Para isso, todas as fêmeas receberam um protocolo de indução do estro sincronizado e foram inseminadas. Na sequência, foram divididas aleatoriamente em dois grupos experimentais (com e sem esponja) durante o D16 até D21 do ciclo estral. Foram realizadas dosagens séricas de P4 e avaliação ultrassonográfica do CL existente durante o período de permanência da segunda esponja. Após o diagnóstico de gestação (D30) as fêmeas foram divididas em gestantes e não gestantes e se receberam ou não a segunda esponja para a análise dos dados. Não foram encontradas diferenças nos níveis séricos de P4 entre os grupos ou interações entre tratamentos e tempo. Assim, o uso da segunda esponja de MAP, para a ressincronização do estro, não interferiu na produção de P4 endógena nem na viabilidade luteal. No terceiro experimento, as cabras passaram por protocolo de indução do estro sincronizado, sem que fossem inseminadas ou acasaladas. No momento da ressincronização (D21; momento da retirada da segunda esponja), receberam solução salina ou 100 UI de eCG visando acompanhar a dinâmica folicular e ovulação subsequente. Também foi avaliado o efeito do manejo reprodutivo (monta natural x inseminação artificial) neste protocolo de ressincronização. Em caprinos não foram encontradas diferenças entre os grupos quanto ao tempo de ovulação, sincronização da ovulação e tamanho do folículo. Entretanto, a associação de eCG com monta natural apresentou maior taxa de apresentação de cio e gestação quando comparado com inseminação artificial sem eCG. Em ovinos, o primeiro estudo teve metodologia similar ao segundo experimento caprino, com segunda esponja sendo mantida pelo período de D12-D17, e diagnóstico precoce da gestação sendo realizado no D17. Assim como em caprinos, após a segunda esponja de MAP, utilizada para a ressincronização do estro, não houve diferença na concentração sérica de P4 nem a viabilidade luteal para a espécie ovina, independente do grupo. O segundo estudo teve metodologia similar ao terceiro caprino comparando três doses de eCG (0 UI, 200 UI e 300 UI), sem avaliar o método de acasalamento. Para ovelhas, não houve diferença entre as médias dos grupos, entretanto, 200 UI de eCG na ressincronização tornou o momento de ovulação mais homogêneo. No terceiro estudo, os animais foram sincronizados e ressincronizados, e avaliadas pelo diagnóstico precoce de gestação. As fêmeas foram divididas aleatoriamente em dois grupos: fêmeas re-inseminadas considerando o diagnóstico de gestação (apenas fêmeas vazias foram inseminadas), enquanto o outro grupo não (independente do diagnóstico, todas as fêmeas foram inseminadas). Nesse estudo foi avaliado o efeito de uma nova IA em fêmeas gestantes, se levaria a perdas gestacionais, mostrando que não houve diferença entre os grupos, e que o protocolo em si não leva a perdas gestacionais, mas que o diagnóstico precoce auxilia na diminuição de manejo de fêmeas já gestantes. No quarto experimento, o protocolo de ressincronização foi testado em fêmeas 30 dias pós-parto, fêmeas secas na estação e nulíparas. O protocolo de ressincronização foi eficiente em ovelhas nulíparas e multíparas, apresentando diferenças apenas na fecundidade, que foi maior nas multíparas. Entretanto, o tratamento não foi eficiente para ovelhas no pós-parto, visto que poucas responderam ao protocolo e ficaram gestantes. Assim, os protocolos de ressincronização precoce em pequenos ruminantes podem ser realizados com sucesso, desde que consideradas as particularidades de cada espécie e categoria. |