Qualidade de vida no trabalho e seu reflexo na qualidade de vida pessoal: o caso do trabalho feminino no setor hoteleiro de Viçosa – MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Coelho, Érica Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6898
Resumo: Mudanças ocorridas no plano sócio-político-econômico vem interferindo na dinâmica e estrutura familiar, gerando aumento do número de famílias chefiadas principalmente por mulheres, que desempenham jornada dupla de trabalho. Vários setores absorvem mão de obra feminil e grande parte desses está ligada a trabalhos ditos femininos. Um desses setores é o hoteleiro, que emprega mulheres em diversas funções. Trata-se de um setor competitivo onde a qualidade dos serviços ofertados é fator primordial para satisfação dos clientes, exigindo das(os) colaboradoras(es) que o trabalho desenvolvido seja de alta qualidade. A alta rotatividade no setor hoteleiro é uma realidade e pode estar ligada a QVT, a qual pode influenciar a qualidade de vida das(os) colaboradoras(es). Diante disso, objetivou-se analisar a qualidade de vida no trabalho e pessoal de mulheres que trabalhavam em hotéis de Viçosa/MG e verificar se haveria relação com a alta rotatividade no trabalho presente no referido setor. Especificamente pretendeu-se: conhecer o perfil socioeconômico de mulheres que desempenhavam função no setor hoteleiro; verificar como percebiam a sua QVT e sua qualidade de vida pessoal; verificar o que os gerentes/proprietários dos hotéis compreendiam por QVT e como analisavam a alta rotatividade presente no setor; analisar a QVT e a qualidade de vida pessoal visando verificar se havia relação com a alta rotatividade. A amostra foi composta por 52 mulheres que trabalhavam no setor hoteleiro de Viçosa-MG, além de 9 gerentes/proprietários dos hotéis participantes da pesquisa. Os instrumentos metodológicos utilizados foram questionário estruturado, roteiro de entrevista semiestruturado e questionário estruturado do tipo escala Likert. Os resultados evidenciaram que a idade das entrevistadas variava de 20 a 65 anos, sendo que 63,5% (33) possuía idade entre 30 e 49 anos. Essas mulheres ocupavam principalmente cargos relacionados à organização, limpeza, alimentação. A maioria era casada, 53,8% (28), e possuía lares constituídos por 2 a 4 membros, 84,6% (44). Para elas, QVT se relacionava principalmente ao ambiente de trabalho, gostar da atividade que desempenhava e ter tranquilidade no desenvolvimento da função, porém o mais expressado foi o bom relacionamento com os colegas de trabalho. Já a qualidade de vida pessoal estava ligada principalmente à harmonia e convivência familiar, às questões religiosas e satisfação em relação ao seu trabalho. Para as(os) gerentes/proprietárias(os) dos hotéis QVT se relacionava ao prazer em trabalhar na empresa, bom convívio entre os colaboradores, reconhecimento do trabalho e investimento na infraestrutura fornecida para o desenvolvimento das atividades. Confirmou-se a hipótese que a QVT reflete na qualidade de vida pessoal e vice versa. O hotel que não proporcionava um bom ambiente de trabalho, não possuía colaboradoras em número suficiente e não mantinha uma remuneração adequada gerava impactos diretos na qualidade de vida pessoal das colaboradoras e apresentavam maior índice de rotatividade. O contrário também foi confirmado. Pôde-se concluir que a rotatividade está diretamente ligada à insatisfação com o ambiente de trabalho e a motivação da colaboradora, ou seja, a QVT oferecida pela empresa e seu reflexo na qualidade de vida pessoal.