Uso de hCG em cabras Saanen fotoestimuladas sincronizadas com duas doses de cloprostenol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rangel, Paulo Sergio Cerqueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Medicina Veterinária
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HCG
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/31699
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.594
Resumo: Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da adição de uma dose de hCG no momento da segunda administração de cloprostenol em protocolo de estro sincronizado em cabras Saanen acíclicas submetidas a fotoperíodo artificial [16 h de luz e 8 h de escuridão diariamente por 60 dias (D0 = 30 de junho e D60 = 29 de agosto)]. Setenta e duas cabras foram sincronizadas com duas doses de 125 μg de cloprostenol i.m. com intervalo de 11,5 dias (D130 e D141,5). Na segunda dose, as cabras foram alocadas para receber solução salina (G-Controle; n=36) ou 300 UI de G-hCG (n=36) i.m. Dois machos férteis foram utilizados para detecção de estro de D120 a D152, e, após a segunda dose de cloprostenol foram acasalados naturalmente e a prenhez verificada após 30 dias. Parte das cabras foi monitorada por ultrassonografia (US) transretal a cada 12 h de D141.5 a D145, e uma vez ao dia em intervalos específicos após D145 (d3, d5, d7, d10, d13, d17 e d21) definido como marcador de ovulação esperada. A concentração sérica de progesterona (P4) foi obtida por meio de sangue coletado no momento das administrações de cloprostenol e também nos respectivos dias após o D145. Com relação à taxa de animais em estro, foi observada diferença (P<0,05) entre antes da primeira dose (devido à fotoestimulação) e após a segunda (efeito adicional do tratamento com cloprostenol), sendo 39% e 71% (78% controle vs 64% hCG; P>0,05). Considerando o período total, 94,4% (68/72) das cabras manifestaram estro. Após a segunda administração (24 a 96 h), o intervalo para o estro e a taxa de concepção foram semelhantes (P>0,05), enquanto o intervalo para a ovulação foi superior (P<0,05; 72,9 ± 4,8 vs. 45,0 ± 5,9 h) nos animais G-Controle que no G-hCG, respectivamente. O G-hCG apresentou menor taxa de regressão prematura do corpo lúteo (RPCL) [30,6% (11/36) e 11,1% (4/36)] e de prenhez [47,2% (17/36) e 25,0% (9/36)]. A distribuição dos diâmetros foliculares < 5 mm e ≥ 5 mm foi semelhante (P>0,05) no momento da ovulação e na primeira US antes e depois entre tratamentos. A concentração sérica de P4 (ng/mL) foi maior (P<0,05) para o G-hCG em d13 (2,3 ± 0,4 e 3,9 ± 0,8) e d17 (2,8 ± 0,4 vs. 5,2 ± 0,7). Diferenças também puderam ser verificadas para a média de corpos lúteos (CL) por cabra em cada mensuração de d7 a d21 a favor do G-hCG, refletindo na maior área luteal por cabra (mm2) em d10 (197,1 ± 28,0 e 288,4 ± 24,7), d13 (202,7 ± 35,7 e 345,3 ± 27,4) e d17 (250,8 ± 41,8 e 422,0 ± 33,8). Conclui-se que, nas condições do presente estudo, a gonadotrofina afetou adversamente a taxa de prenhez, apesar da eficácia sincrônica do estro e do aumento da concentração sérica de P4, resultado de suporte significativo na criação e manutenção de estruturas lúteas. Palavras-chave: Gonadotrofina. Coriônica humana. Sincronização de estro. Tratamento por luz.