Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Maia, Victor Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10570
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Resumo: |
A quase totalidade da produção brasileira de bananas é voltada para o mercado interno e, geralmente, é colhida, manuseada e transportada de forma deficiente e inadequada, contribuindo para perdas substanciais na fase pós-colheita, que são de grande importância do ponto de vista econômico e nutricional. Com os objetivos de avaliar as alterações físicas, bioquímicas, fisiológicas, morfológicas e anatômicas em bananas ‘Prata Anã’ danificadas mecanicamente por diversos processos, determinar as causas de perdas pós-colheita ao longo da cadeia de comercialização e otimizar as condições de manejo pós-colheita visando minimizar o efeito de injúrias mecânicas, foram montados cinco experimentos. No primeiro identificaram-se os tipos e a intensidade de dano mecânico após a colheita da banana produzida no município de Verdelândia, MG, e embalada em caixas de papelão, madeira e plástico, em cinco etapas da cadeia de comercialização. No segundo caracterizaram- se as alterações morfológicas e anatômicas nas regiões injuriadas de bananas submetidas aos danos por corte, abrasão, impacto e compressão. No terceiro verificaram-se os efeitos de áreas e tipos de dano mecânico sobre as características pós-colheita da banana. No quarto e no quinto, determinaram-se as alterações físicas e metabólicas induzidas por estresse mecânico em bananas mantidas em condição ambiente (25,4 oC e 82 % de UR) e em câmara fria (15 oC e 89 % de UR), respectivamente. Considerando os efeitos dos danos mecânicos por corte, abrasão, impacto e compressão sobre as características físicas, metabólicas, anatômicas e morfológicas da banana ‘Prata Anã’ foi observado que os danos por corte, abrasão e impacto numa área de 20 cm2 resultaram em maior perda de massa fresca total acumulada e diária em relação aos demais tratamentos. O dano por impacto numa área de 20 cm2 proporcionou antecipação do pico climatérico respiratório. Além disso, os frutos submetidos aos danos por corte, abrasão, impacto e compressão apresentaram sintomas morfológicos e reações anatômicas em resposta ao dano mecânico. Todos os tipos de dano mecânico aumentaram o extravasamento de eletrólitos em relação à testemunha ao longo do período de avaliação. O dano por impacto antecipou o pico climatérico e o amadurecimento, além de prejudicar a conversão de amido em açúcares solúveis totais na polpa. A atividade das enzimas polifenoloxidase e peroxidase na casca foi bastante aumentada pelas injúrias de impacto e abrasão. Dentre os quatro tipos de dano mecânico estudados, bem como a intensidade aplicada, também foi observada que existe uma tolerância da banana ‘Prata Anã’ ao dano por compressão, quando ele ocorre no fruto ainda verde. Ao comparar os processos de perda de massa fresca acumulada e diária, degradação de amido e conseqüente formação de açúcares solúveis totais na polpa, evolução do índice de cor da casca, produção e pico de CO2, atividade da polifenoloxidase e peroxidase na casca dos frutos de um mesmo tratamento, mantidos em condição ambiente e em câmara fria constatou-se que aqueles mantidos em condições ambiente apresentam maior intensidade e velocidade dos fenômenos. Portanto, a manutenção dos frutos a 15 oC e 90 % de umidade relativa do ar pode reduzir os efeitos deletérios do dano mecânico, com ressalvas ao teor de açúcares solúveis totais, que se mostrou abaixo do adequado devido à lentidão da hidrólise do amido, mesmo com os frutos atingindo índices de cor da casca próximos a 7. Esses baixos valores dos teores de açúcares solúveis totais na polpa dos frutos, assim como os altos valores dos teores de amido, permitem pressupor que alguns processos de amadurecimento não se completaram totalmente em função das condições de armazenamento a baixa temperatura. Em relação à ocorrência e intensidade dos danos mecânicos por corte, abrasão, impacto e compressão, ao longo da cadeia de comercialização, verificou-se que a porcentagem de frutos, área da casca e porcentagem da área da casca danificados aumentaram ao longo da cadeia de comercialização de bananas ‘Prata Anã’. O uso da caixa de papelão proporcionou redução na incidência e intensidade de dano mecânico em bananas ‘Prata Anã’ em relação aos demais tipos de embalagem. O dano por abrasão foi o de maior incidência em todas as etapas da cadeia de comercialização. O dano por compressão apresentou grande importância relativa no varejo. |