Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Rosa, Tiago Santana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://locus.ufv.br//handle/123456789/25811
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Resumo: |
A vegetação do Cerrado apresenta um grande número de adaptações a fatores bióticos e abióticos, sendo a capacidade de excluir ou acumular alumínio (Al) em seus tecidos uma das principais. Sabe-se que diferenças na absorção e translocação de metais podem estar relacionadas a vários fatores entre esses as taxas transpiratórias, que dependem da condutância estomática, que por sua vez é influenciada pela disponibilidade de luz. Recentemente, em área de Cerrado, as plantas acumuladoras foram separadas em dois subgrupos funcionais: tolerantes e não tolerantes ao sombreamento, evidenciando a necessidade de estudos que demonstrem como ocorre a absorção e acúmulo de alumínio nas espécies, quando em fitofisionomias que diferem quanto à intensidade luminosa. As espécies Rudgea viburnoides (Rubiaceae) e Qualea grandiflora (Vochysiaceae) foram selecionadas por sua ampla ocorrência nas fitofisionomias e solos do Cerrado da Floresta Nacional de Paraopeba, área de realização deste projeto. Este estudo teve como objetivos identificar as estratégias de acúmulo de Al e as respostas morfofisiológicas de duas espécies de Cerrado hiperacumuladoras de Al em fitofisionomias que apresentam variação da intensidade luminosa e teor de Al nos solos. Para alcançar esses objetivos foram analisados: a morfologia foliar (área, massa, área específica, densidade, comprimento e largura da folha) micromorfometria foliar (espessuras da epiderme adaxial, abaxial, parênquimas paliçádico e esponjoso e espessura total), os teores de Al, Ca, Fe, K, Mg, N, P e S no solo e nos órgãos vegetativos; as trocas gasosas (fotossíntese líquida, condutância estomática e transpiração); o teor dos pigmentos fotossintéticos (clorofilas a, b e carotenoides); o teor de compostos fenólicos, de aminoácidos, de proteínas e de amido; as variações morfoanatômicas promovidas pela luz; e os sítios de acúmulo do Al a nível celular e subcelular, utilizando microscopia de luz e eletrônica de varredura com espectroscopia de energia dispersiva (MEV/EDS). R. viburnoides quanto Q. grandiflora apresentaram características morfológicas típicas de indivíduos que ocorrem em ambiente de sol e sombra. No entanto, a micromorfometria mostrou que, enquanto R. viburnoides apresentou variações somente na espessura dos tecidos, Q. grandiflora apresentou grandes variações estruturais nos diferentes ambientes, indicando maior plasticidade fenotípica desta última espécie. O acúmulo de alumínio em ambas espécies foi maior nos ambientes a pleno sol, estando possivelmente relacionado com a elevada transpiração, uma vez que o alumínio é transportado até a parte aérea via corrente transpiratória. Diferente do encontrado na literatura para espécies de sol e sombra, as duas espécies apresentaram maiores taxas fotossintéticas no ambiente sombreado, possivelmente relacionadas com temperaturas mais amenas do ambiente de sombra e microclima mais adequado. Além disso, os parâmetros de fluorescência da clorofila a indicaram que nos indivíduos do ambiente a pleno sol e dos ambientes sombreados não ocorreram prejuízos no processo fotossintético e os dois fotossistemas funcionam adequadamente. Os pigmentos fotossintéticos também contribuem para o ajuste fotossintético nos indivíduos, pois no ambiente de sombra a concentração destes é maior, proporcionando captura mais eficiente da luz aliada à maior área foliar. Os resultados do presente estudo permitem inferir, com base nas análises de trocas gasosas, fluorescência da clorofila a e composição bioquímica, que as duas espécies não apresentam sinais de estresse devido a acidez e excesso de alumínio no solo ou em razão da radiação incidente. |