Partição da radiação fotossinteticamente ativa e trocas gasosas em cultivos de eucalipto e cerrado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Reis, Mariana Gonçalves dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6517
Resumo: O Cerrado é o segundo maior bioma natural do Brasil, ocupando uma área territorial de aproximadamente 203 milhões de hectares. Incide sobre vários estados brasileiros, dentre eles o estado do Mato Grosso do Sul (MS). É um bioma rico e muito significativo por sua extensão, diversidade ecológica, estoques de carbono e função hidrológica. Apesar da sua importância, é o bioma brasileiro mais ameaçado de destruição. Recentemente verificou-se a expansão de novas indústrias do setor florestal no estado do MS. No Brasil a área com plantios de eucalipto é superior a 5 milhões de hectares e no MS é superior a 587 mil hectares. Os estudos das relações solo – planta – atmosfera em florestas são muito importantes. Desta forma, a quantidade da radiação solar são cruciais para o crescimento e desenvolvimento em ecossistemas florestais, sendo a principal fonte de energia para processos físicos, químicos e biológicos das plantas. A fração da radiação solar global que é utilizada para os processos de biossíntese pelo dossel vegetativo está compreendida entre os comprimentos de onda da faixa do visível (400 a 700 nm), conhecida como radiação fotossinteticamente ativa (RFA). A fração da radiação fotossinteticamente ativa absorvida (fARFA) pelo dossel vegetativo é um importante parâmetro de entrada em vários modelos de crescimento e produtividade. No entanto, poucos são os estudos destinados a entender as interações in loco da RFA, pois as medidas diretas de RFA em campo são onerosas e demoradas. Este trabalho teve como objetivo estudar a partição da radiação fotossinteticamente ativa em diferentes ecossistemas florestais e em diferentes épocas do ano. O experimento foi conduzido na cidade de Brasilândia (MS), em sítios experimentais com plantios de eucalipto jovem (14 – 25 meses) e adulto (75 - 86 meses) e bioma natural Cerrado pertencentes à empresa Fibria Celulose. As medidas de campo compreenderam em medidas meteorológicas e ecofisiológicas. Foram calculados os coeficientes de absorção, transmissão, reflexão e extinção da radiação fotossinteticamente ativa. Os maiores valores da fração absorvida da radiação fotossintéticamente ativa pelo dossel vegetativo foram de 0,91, 0,88 e 0,85 e os menores valores foram de 0,83, 0,80 e 0,75, correspondentes ao plantio jovem de eucalipto, bioma natural do cerrado e plantio adulto de eucalipto respectivamente. O índice de área foliar foi uma medida importante para caracterizar a absorção, transmissão, reflexão e extinção da radiação fotossintéticamente ativa nas florestas estudadas. A variáveis ambientais irradiância solar global, temperatura do ar e déficit de pressão de vapor influenciaram nas taxas fotossintéticas e transpiratórias e na condutância estomática nos dois períodos de estudo para as três florestas. As taxas fotossintéticas e transpiratórias foram sempre maiores nos plantios de eucalipto em relação ao bioma natural do Cerrado.