Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Mendes, Sérgio Magno |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6415
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Resumo: |
A partir da década de 1980, os investimentos públicos em infraestrutura reduziram-se significativamente no Brasil. A literatura mostra que esses investimentos apresentam externalidade positiva em todos os setores da economia, levando ao aumento da produtividade do capital e do trabalho e afetando positivamente o crescimento do PIB. O objetivo deste estudo foi determinar os efeitos da infraestrutura econômica e social no crescimento econômico brasileiro em Steady State (SS) e no período de 1970 a 2013. Além disso, pretendeu-se desenvolver um modelo teórico que mostre os efeitos dos investimentos em infraestrutura social no crescimento econômico e determinar os investimentos em infraestrutura econômica e social que tiveram maiores impactos no crescimento econômico brasileiro. Utilizou-se o modelo de crescimento AK dinâmico com Gasto do Governo, proposto por Barro (1990), acrescentando-se variáveis de investimento público em infraestrutura econômica e social e o método recursivo para analisar a dinâmica da economia no curto e no longo prazo. Além disso, utilizou-se o Modelo Vetor de Correção de Erros (VEC) para mensurar os efeitos dos investimentos em infraestrutura econômica e social sobre o produto brasileiro, no período de 1970 a 2013. A partir do modelo teórico desenvolvido, é construído o diagrama de fases que mostra as possíveis trajetórias convergentes para Steady State. O modelo evidencia que o efeito no produto per capita dependerá da parcela do gasto público per capita com infraestrutura social e do Produto Marginal do Trabalho (PMgL). Haverá crescimento do produto per capita quando a PMgL for maior que a parcela do gasto público per capita destinado à área social. Caso contrário, o produto per capita diminuirá. Com o modelo, dois experimentos teóricos são realizados: aumento da parcela do gasto público per capita na infraestrutura social, ceteris paribus, e aumento do gasto per capita do governo, ceteris paribus. O efeito de longo prazo no primeiro caso é ambíguo e dependerá da magnitude da parcela do gasto público per capita com infraestrutura social e PMgL. No segundo, verifica-se que o produto per capita aumenta no novo Steady State. Nos dois casos, porém, o comportamento de curto prazo da economia dependerá da elasticidade de substituição de consumo intertemporal do agente. Se essa elasticidade for alta, ele reduzirá o consumo quando o estoque de capital for baixo e a economia alcançará rapidamente o novo equilíbrio de SS. Caso contrário, haverá elevação do consumo per capita e a economia xcaminhará lentamente para Steady State. O modelo é testado, empiricamente, com a calibração de dados e o método recursivo para o Brasil. Os dados a serem calibrados, de acordo com o modelo teórico, sugerem que o gasto público per capita na área social deve afetar positivamente o produto per capita, já que a PMgL é maior que a parcela do gasto público per capita com a área social. O diagrama de fases da economia brasileira corrobora o modelo teórico e indica que o efeito do gasto público per capita em infraestrutura social é positivo. Além disso, encontrou-se que a elasticidade de substituição de consumo intertemporal é elevada e, assim, os agentes tendem a aceitar maior variação no consumo per capita presente e a economia caminhará rapidamente para o novo Steady State. Em seguida, realizaram-se choques exógenos com o método recursivo, ceteris paribus, que são a elevação da parcela dos gastos públicos per capita na área social, o aumento do gasto público per capita, o aumento da parcela da renda do capital na economia e o aumento da Produtividade Total dos Fatores. No primeiro caso, o produto per capita aumentou, mas menos que proporcionalmente ao choque. Nesse caso, o modelo pode estar indicando que a parcela do gasto público per capita na área social pode estar atingindo o limite máximo, que para o Brasil é de 53%. Já nos demais choques o produto cresce mais que proporcionalmente. O modelo econométrico mostra que as variáveis de infraestrutura econômica e social são não estacionárias, mas cointegradas - I(0), mostrando a existência de relação de longo prazo entre as variáveis. Observou-se que, quanto maior a taxa de crescimento do capital no período t, maior também a taxa de crescimento do produto dois períodos à frente. Outro resultado interessante é que o aumento da taxa de crescimento da educação afeta positivamente o produto per capita três períodos à frente. Já PTF afeta no mesmo período, corroborando os resultados do modelo teórico. Assim, os modelos indicam que os gastos públicos em infraestrutura econômica e social podem afetar o produto positivamente, mas de maneira diferenciada. |