Bromeliaceae Juss. no Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, Minas Gerais, Brasil: florística, distribuição e aspectos reprodutivos de Andrea selloana (Baker) Mez.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Guarçoni, Elidio Armando Exposto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Botânica estrutural; Ecologia e Sistemática
Mestrado em Botânica
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2488
Resumo: A família Bromeliaceae está representada por 56 gêneros e 3086 espécies. É uma família neotropical, com somente uma espécie ocorrendo fora da América, no oeste da África. No Brasil está representada por cerca de 40% das espécies, distribuídas em quase todas as formações vegetacionais. No estado de Minas Gerais ocorrem 265 espécies distribuídas em 27 gêneros. O presente estudo foi desenvolvido no Parque Estadual da Serra do Rola-Moça (PESRM), localizado no Quadrilátero Ferrífero, região centro-sul de Minas Gerais. Teve como objetivos o estudo florístico das Bromeliaceae, sua riqueza e distribuição geográfica, bem como os aspectos reprodutivos sexuados e assexuados de Andrea selloana (Baker) Mez. As excursões ocorreram mensalmente entre janeiro de 2006 e janeiro de 2008, por um período de quatro a cinco dias. As espécies e sua distribuição geográfica foram determinadas com base em bibliografia especializada, visita a herbários e consultas a especialistas. Foram identificadas 24 espécies pertencentes a 11 gêneros e três subfamílias, sendo Dyckia o gênero mais expressivo, com nove espécies. São apresentadas chaves para identificação dos táxons, descrições, ilustrações e comentários sobre distribuição e caracteres diagnósticos. 19 táxons foram identificados a nível específico, sendo dez endêmicos do estado de Minas Gerais e nove restritos aos Campos Rupestres da Cadeia do Espinhaço. Um gênero, Andrea, ocorre exclusivamente em Minas Gerais, na Cadeia do Espinhaço. Andrea selloana (Baker) Mez, Cryptanthus schwackeanus Mez, Dyckia consimilis Mez, D. densiflora Shult f., D. macedoi L. B. Sm., D. schwackeana Mez, D. trichostachya Baker e Vriesea minarum L. B. Sm. encontram-se citadas na Revisão das Listas das Espécies da Flora e Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado de Minas Gerais. A. selloana e V. minarum encontram-se também citadas na Revisão da Lista da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção. Cinco Padrões de distribuição foram reconhecidos para as espécies ocorrentes no PESRM: Neotropical (2 spp.), América do Sul (5 spp.), Brasil Centro-Oriental (1 sp.), Brasil Sudeste (1sp.) e Brasil Minas Gerais (10 spp.). Os táxons quanto à preferência por habitat foram classificados como elementos florísticos generalistas (31,5%) e especialistas (68,5%). Quanto à floração de A. selloana, constatou-se a ocorrência na estação chuvosa, período que coincide com as temperaturas mais quentes do ano. As poucas inflorescências, na população, apresentam um número reduzido de flores abertas ao dia por indivíduo. Suas flores apresentam síndrome de melitofilia. A espécie investe prioritariamente na reprodução sexuada, enquanto que a reprodução assexuada visa a manutenção e ampliação do número de rosetas. A fragilidade da espécie não está relacionada as suas estratégias reprodutivas, mas à degradação do ambiente.