Estratégias adaptativas de duas espécies de leguminosas (Fabaceae) em campo rupestre ferruginoso e quartzítico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Luziene Maria dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Manejo e Conservação de Ecossistemas Naturais e Agrários
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/31138
https://doi.org/10.47328/ufvvaf.2022.004
Resumo: Os Campos Rupestres são constituídos por um mosaico de vegetação inserida em regiões acima de 900 m de altitude e apresenta grande valor para a conservação. Ocorrem em solos de pH ácido, e são divididos em: Campo rupestre quartzítico, originado pela decomposição de quartzitos, arenitos e itacolomitos, com alta concentração de alumínio, e Campo Rupestre ferruginoso (canga), proveniente de formações ferríferas de hematita compacta e fragmentos de itabirito cimentado, com alta concentração de minerais de ferro e manganês. O objetivo deste estudo foi avaliar as estratégias adaptativas de duas espécies de leguminosas, Chamaecrista mucronata Spreng (H.S. Irwin & Barneby) e Mimosa pogocephala Benth (R. C. Barneby), presentes no campo rupestre em ambos os solos a partir da análise das respostas fotossintéticas, hídricas e nutricionais em função do tipo de solo em que se encontram e período sazonal. O trabalho foi desenvolvido na Serra da Calçada, entre os municípios d e Brumadinho e de Nova Lima – MG. Ambas as espécies apresentaram alta eficiência fotossintética, ajustes à variação hídrica e adotaram estratégias distintas para uso de recursos do ambiente. Em relação aos atributos hidráulicos do xilema e fotossintéticos, as espécies apresentaram estratégias conservativas no período de estiagem e aquisitivas no período chuvoso. A partir das análises de composição química do solo e folhas, apresentaram características conservativas em ambos os solos, principalmente em quartzítico. A disponibilidade hídrica sazonal apresentou pouca influência sobre as respostas das espécies, enquanto que o tipo de solo apresentou maior influência. Ambas as espécies possuem atributos foliares que permitem classificá-las dentro da estratégia ecológica estresse-tolerante e são acumuladoras do mineral ferro. C. mucronata e M. pogocephala apresentam grande variação em função do custo energético frente às estratégias aquisitivas, maximizadas no período chuvoso, em contrapartida às estratégias conservativas em vista das limitações nutricionais, sendo essas mais restritivas em solo quartzítico. Palavras-chave: Campos rupestres. Respostas fisiológicas. Estratégias conservativas. Estratégias aquisitivas. Estresse-tolerância.