Comparação de métodos para estimativa de peso, altura e composição corporal de homens adultos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Rezende, Fabiane Aparecida Canaan
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Valor nutricional de alimentos e de dietas; Nutrição nas enfermidades agudas e crônicas não transmis
Mestrado em Ciência da Nutrição
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Men
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2810
Resumo: O estudo teve como objetivo comparar os resultados, da avaliação nutricional, obtidos a partir de medidas antropométricas e de composição corporal em homens adultos. A metodologia empregada foi do tipo transversal, realizado na Divisão de Saúde da Universidade Federal de Viçosa durante os meses de fevereiro a outubro de 2005 e A amostra foi constituída de 98 homens saudáveis com idade entre 20 e 58 anos. A avaliação foi feita pela manhã e recomendou-se aos voluntários, jejum de 10h, não consumir álcool nas 48h anteriores ao teste e não praticar atividade física 12h anteriores ao teste. A avaliação antropométrica incluiu medidas de peso, altura, circunferências e dobras cutâneas. A composição corporal foi avaliada por equações antropométricas preditivas, por meio de interactância de infravermelho próximo (Futrex-5000®), bioimpedância elétrica bipolar (Tanita TBF-531®) e tetrapolar (Biodynamics modelo 310®). Utilizou-se a bioimpedância elétrica tetrapolar como método de referência para comparação com os outros métodos utilizados na avaliação da composição corporal. As estimativas de peso e altura foram obtidas por meio de equações preditivas com base em medidas recumbentes, tais como, altura do joelho, envergadura e semi-envergadura. As análises estatísticas incluíram testes de comparação de médias, correlação, teste de Bland & Altman (1986) e Odds Ratio (OR). Adotou-se como nível de significância estatística o valor de p<0,05. Com relação aos métodos de avaliação da composição corporal constatou-se que os métodos que apresentaram melhor desempenho nas estimativas de gordura corporal foram a equação de Jackson & Pollock (n°2) que utiliza o somatório de 7 dobras cutâneas, idade, circunferência da cintura e do braço e a Tanita TBF-531®. A circunferência da cintura (CC) foi a medida antropométrica que mais se correlacionou com o IMC (r=0,884; p<0,01) e com o percentual de gordura corporal (r=0,779; p<0,01). A sensibilidade do IMC para diagnosticar indivíduos com CC, relação cintura-quadril (RCQ) e percentual de gordura corporal elevados foi 94,4%, 100% e 86,6%, respectivamente. Baixos valores preditivos positivos foram encontrados: 47,2% para CC, 11,1% para RCQ e 36,1% para percentual de gordura corporal. A idade maior ou igual a 30 anos foi fator de risco para sobrepeso [OR=4,13; IC(95%): 1,71 9,95] e obesidade abdominal [OR=3,51; IC(95%): 1,14 10,89]. O peso estimado diferiu significantemente do peso real (p<0,001) apesar da forte correlação (r=0,849; p<0,01). Dos cinco métodos utilizados para estimar a altura, apenas a equação de Chumlea et al. (1994) validada para homens brancos adultos, se mostrou adequada. Tanto a medida de envergadura (r=0,789; d=2,67; p<0,001) quanto a semi- envergadura (r=0,790; d=2,51; p<0,001) resultaram em superestimação da altura. Ao utilizar o peso e a altura estimados por medidas recumbentes no cálculo do IMC verificou-se que a maioria dos valores estimados superestimou o número de indivíduos com baixo peso e eutróficos e subestimaram o sobrepeso, exceto quando a altura foi estimada pelas equações propostas para homens adultos. Conclui-se que a equação validada por Chumlea et al. (1994) em homens brancos adultos foi mais adequada para estimar a altura. Diante dos resultados aqui apresentados, verifica-se a necessidade de mais estudos de validação de medidas antropométricas e de métodos de avaliação da composição corporal em nossa população, já que a maioria das estimativas diferiu significantemente entre métodos freqüentemente utilizados na prática clínica e em estudos populacionais.