Alternativas ao leite de cabra no aleitamento de cabritos
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul Mestrado em Zootecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5746 |
Resumo: | Objetivou-se avaliar o consumo, desempenho, a eficiência alimentar (EA), a participação de constituintes não-carcaça (CNC) na composição corporal de cabritos, analisar o desenvolvimento dos compartimentos estomacais, a participação da carcaça em relação ao peso de corpo vazio (PCVZ), estabelecer a relação de PCVZ e peso vivo (PCVZ/PV) e avaliar a biometria do trato digestivo de cabritos em aleitamento, submetidos a diferentes dietas líquidas. Utilizou-se 51 cabritos machos, recém-nascidos, sendo que do total dos animais, três foram aleatoriamente selecionados para compor o grupo referência. Os animais remanescentes foram distribuídos segundo um delineamento inteiramente casualizado, em quatro tratamentos: leite de cabra (LC), leite de vaca (LV), Lactal® (LAC) e colostro fermentado (CF). Além disso, foram subdivididos em dois grupos: aleitados até 60 dias (grupo 1) e aleitados até 90 dias (grupos 2). O desenvolvimento dos seguintes compartimentos do trato digestório foram analisados: rúmenretículo, omaso, abomaso, intestino delgado e grosso. Além disso, foram avaliados os percentuais dos seguintes componentes: estômago, vísceras, órgãos, pele e sangue, todos analisados em relação ao PCVZ e os consumos de: matéria seca (CMS), proteína bruta (CPB), extrato etéreo (CEE) fibra em detergente neutro (CFDN), carboidratos não fibrosos (CCNF), nutrientes digestíveis totais (CNDT), além do ganho médio diário (GMD), peso vivo final (PVf), PCVZ, peso da carcaça (CARC) e ganho de peso de corpo vazio (GPCVZ). Por fim analisou-se a digestibilidade das dietas líquidas e das sólidas. Quando observado efeito do tratamento, foi aplicado o teste de Tukey, com nível de significância de 5%. Os animais que receberam LV tiveram maior CMS, CPB, CEE, CCNF e CNDT dos que os demais. Já o CFDN, foi similar entre os tratamentos. O LV proporcionou o maior desempenho para todas as variáveis em analise, exceto para a EA que foi maior nos animais tratados com CF. Os animais que receberam LAC apresentaram desempenho similar em PVf, PCVZ e CARC que os aleitados com LC. Já os cabritos que consumiram CF tiveram os piores desempenhos, observados, principalmente, pelos valores inferiores de GMD, GPCVZ. Em todas essas variáveis foram observados maiores valores para os animais aleitados por 90 dias. Os coeficientes de digestibilidade da MS, PB e CNF das dietas líquidas, foram maiores para o LC e o LV. A digestibilidade do EE não sofreu influência dos tratamentos. No ensaio de digestibilidade com dieta sólida, embora os alimentos tenha sido os mesmos (feno e ração), os coeficientes de digestibilidade variaram, com menores valores de digestibilidade da MS, EE e CNF para os animais tratados com CF. A digestibilidade da PB e da FDN não variou. Não foram observadas diferenças para os valores médios percentuais do rúmen-reticulo e omaso em relação ao peso do estômago. No entanto, o rúmen-retículo dos animais do grupo 2 foi maior do que dos animais do grupo 1. O abomaso dos cabritos tratados com CF foram superiores e os do grupo 1 obtiveram valores acima do que os do grupo 2. Para as variáveis carcaça e PCVZ/PV os cabritos do tratamento CF tiveram os menores valores e a carcaça dos aleitados até 60 dias tiveram menor participação no PCVZ. Os valores dos órgãos e do sangue não foram influenciados pelos tratamentos ou pelas idades. Os estômagos, vísceras, pele e CNC dos animais que receberam CF superaram os demais. Os estômagos dos cabritos tratados por 60 dias foram maiores do que os aleitados por 90 dias, em relação ao PCVZ. Já o peso do rúmen-retículo, omaso, intestino delgado e grosso foram maiores para os cabritos aleitados com LV e pelos animais do grupo 2. A variável abomaso sofreu influência apenas da idade, sendo maior para os animais tratados até 90 dias. Conclui-se que, entre os tratamentos analisados, o LV foi o que promoveu maior desenvolvimento dos animais. No entanto, todas as dietas proporcionaram desempenho satisfatório, exceto o CF que aos 60 dias não foi capaz de garantir um crescimento desejável. |