Propriedades de madeiras termorretificadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Araújo, Solange de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Manejo Florestal; Meio Ambiente e Conservação da Natureza; Silvicultura; Tecnologia e Utilização de
Doutorado em Ciência Florestal
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/545
Resumo: Tratamento térmico aplicado na madeira provoca a sua degradação e/ou rearranjo dos seus principais constituintes químicos, principalmente celulose, hemiceluloses e lignina, melhorando algumas propriedades, tais como estabilidade dimensional, resistência ao ataque de organismos xilófagos e a diminuição da higroscopicidade. Isto ocorre principalmente pela degradação dos grupos OH presentes nas hemiceluloses, constituinte mais hidrófilo da madeira. O presente trabalho teve por objetivos determinar o efeito da termorretificação no equilíbrio higroscópico, densidade, retratibilidade da madeira, dureza Janka, módulo de resistência à flexão estática, módulo de elasticidade na flexão estática nas madeiras de Aspidosperma populifolium (Peroba mica), Dipteryx odorata (Cumaru), Eucalyptus grandis, Eucalyptus sp. e Mimosa scabrella (Bracatinga). As madeiras foram aquecidas entre os pratos de uma prensa, em uma estufa a vácuo e em uma estufa com nitrogênio. Os tratamentos foram realizados na temperatura ambiente, 180, 200 e 220 ºC, por uma hora, após atingir a temperatura estipulada. Os resultados indicaram grande potencial do tratamento térmico, uma vez que para todas as madeiras termorretificadas foi observada uma redução no equilíbrio higroscópico, principalmente para o tratamento térmico na estufa com nitrogênio. A espécie de Cumaru foi a que apresentou menor equilíbrio higroscópico. A densidade básica, de um modo geral, foi afetada apenas nas temperaturas de 200 e 220 ºC independentemente do método utilizado. As contrações volumétricas tenderam a diminuir com o aumento da temperatura, no entanto, em algumas situações essas contrações foram aumentadas, como nos tratamentos da estufa a vácuo. As propriedades mecânicas foram afetadas de diversas formas. Observou-se que o aumento da dureza Janka não foi tão expressivo. O MOR e MOE para algumas espécies tiveram um incremento destas propriedades, e de outras não. Durante os tratamentos térmicos, a Bracatinga foi a espécie que menos sofreu influência. Já o Eucalyptus Grandis e Eucalyptus sp. foram as espécies que mais responderam aos tratamentos térmicos na maioria das propriedades, de forma positiva.