Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Luciana Maria Pereira da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/28067
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Resumo: |
Buscou-se conhecer, por meio deste estudo, as vivências das jovens negras cotistas que ingressaram em cursos de alto prestígio social da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Para isso, procurou-se investigar se a origem social dessas estudantes influenciou seu ingresso em cursos de alto prestígio social, nas diferentes áreas de conhecimento de uma instituição de ensino superior. A implementação das políticas de democratização para o ensino superior, principalmente no ano 2000, resultou, entre outras ações, no aumento do número de vagas nas universidades públicas e na criação da política de cotas destinadas às minorias, o que possibilitou o acesso à educação superior de grupos sub-representados. A Universidade Federal de Viçosa aderiu ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) em 2007. Em 2013, foi implantada no país a Lei n. 12. 711, de 29 de agosto de 2012, conhecida como Lei de Cotas. Com a possibilidade de entrarem em universidades por meio da autodeclaração racial, jovens negros têm a oportunidade de mudar suas trajetórias. No entanto, esses mesmos jovens, em sua maioria, não procuram os cursos de alto prestígio na UFV, os quais são assim considerados devido ao seu status social e ao retorno salarial. Porém, indo contra o improvável, verificou-se que há jovens negros cotistas matriculados nos mesmos. Daí, a importância de se investigarem as trajetórias e o papel das famílias de mulheres negras cotistas que se matricularam nos referidos cursos, considerando as diferentes áreas de formação - Direito, Medicina e Medina Veterinária -, mesmo diante das desigualdades de raça e gênero. As análises foram realizadas por meio de estatística descritiva, com uso do software SPSS v.20.0. Os resultados conduziram a dois aspectos importantes: o primeiro resultou do caráter quantitativo da pesquisa e do desenho do perfil, por sexo e raça, dos estudantes cotistas dos cursos de Direito, Medicina Veterinária e Medicina da UFV, além do perfil exclusivo das participantes da pesquisa e de uma escala que demonstra como essas participantes avaliam suas identidades e autoeficácia. O segundo, de aspecto qualitativo, possibilitou verificar que a trajetória de cada estudante e composição de suas famílias são diversificadas e que não foram identificadas características semelhantes, nem no arranjo familiar, nem nas práticas educativas, que confirmem que determinados arranjos ou práticas parentais corroboraram para o sucesso ou fracasso dessas discentes, mostrando que o ambiente no qual estavam inseridas e as influências que tiveram não foram obstáculos e permitiram que cada uma ressignificasse sua história e seu ingresso nos cursos de alto prestígio social. Palavras-chave: Mulheres negras. Raça e gênero. Desigualdade. Cursos de alto prestígio |