Produtividade e superbrotamento na cultura do alho roxo nobre influenciados pelo manejo da irrigação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Lucas Allan Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28473
Resumo: Boa parte da demanda de alho do Brasil é suprida pela importação, especialmente da China. A produção de alho roxo nobre contribui para fortalecer o mercado interno. Variedades do grupo roxo nobre se destacam pelo aroma mais acentuado e pela coloração arroxeada, o que confere maior valor comercial e culinário. Entre as práticas de cultivo, a irrigação tem impacto direto na produtividade e na qualidade. O manejo de irrigação no cultivo de alho nobre interfere na ocorrência do distúrbio fisiológico denominado superbrotamento, que pode ser provocado pelo excesso de água na fase de diferenciação dos bulbilhos. Esse distúrbio, que consiste na formação de folhas onde deveriam ser formados os bulbilhos, faz com que haja redução do valor comercial. Assim, o correto manejo de irrigação na cultura do alho permite o uso racional de água e redução da ocorrência do superbrotamento. O objetivo, neste trabalho, foi avaliar o efeito do manejo da irrigação na produtividade, na eficiência de uso de água e no superbrotamento da cultura do alho. Dois experimentos foram instalados para o cultivo de alho Ito do grupo roxo nobre. No primeiro experimento, foi avaliado o efeito de estratégias de irrigação a partir do início da fase de diferenciação dos bulbilhos, combinado com a fertirrigação nitrogenada durante a referida fase. As estratégias de irrigações foram com Déficit Hídrico Controlado (Regulated Deficit Irrigation – RDI) nos níveis de 20% e 40% de déficit. Quanto à fertirrigação com nitrogênio durante a diferenciação dos bulbilhos, testaram-se: com fertirrigação, com irrigação e sem irrigação/fertirrigação. A utilização de déficit hídrico de 40% após a diferenciação dos bulbilhos não alterou a produtividade de forma significativa e promoveu economia de água, aumentando a eficiência de seu uso. Com relação à fertirrigação nitrogenada, é recomendado que esta seja suspensa completamente durante o período de diferenciação dos bulbilhos, assim como a irrigação, para diminuir a incidência de superbrotamento. No segundo experimento, foram avaliados três métodos de manejo de irrigação (monitoramento por clima, solo e Irrigâmetro) combinados com quatro tipos de cobertura de solo (Sem Cobertura, Cobertura Morta, Papel kraft e Plástico). Não houve diferenças significativas nas lâminas de irrigação calculadas com base em dados meteorológicos e pelo Irrigâmetro, atestando a alta eficiência desse equipamento. O manejo da irrigação por meio da umidade do solo não foi eficiente, pois a dificuldade de inserção do sensor no solo e a alta variabilidade de leituras impediu a condução do manejo de irrigação de formaveficiente. Os métodos de manejo não influenciaram a produtividade potencial. O manejo adotando solo como referência promoveu aumento no superbrotamento, o que reduziu a produtividade comercial. A utilização de cobertura do solo reduziu a produtividade comercial por incrementar o índice de bulbos com superbrotamento. Palavras-Chave: RDI. Déficit hídrico. Eficiência de uso da água.