Propriedades de chapas tipo aglomerado e OSB fabricadas com partículas e flocos de madeira de Eucalyptus grandis, Eucalyptus urophylla, Eucalyptus cloeziana e Pinus elliottii

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Cabral, Carla Priscilla Távora
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
OSB
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9543
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar as propriedades de chapas de madeira aglomerada e de painéis OSB (oriented strand board). Foram utilizadas três espécies do gênero Eucalyptus (Eucalyptus grandis, Eucalyptus urophylla e Eucalyptus cloeziana) oriundas dos municípios de Ponte Alta (Região do Vale do Rio Doce) e Três Marias (Região de Cerrado), no Estado de Minas Gerais. As densidades apresentadas pelas três espécies de eucaliptos, das duas regiões foram respectivamente: 0,55, 0,61, 0,70 g/cm3 e 0,56, 0,58 e 0,69 g/cm3. Foi utilizada na constituição das chapas uma porcentagem de madeira de Pinus elliottii, oriundo da cidade de Viçosa, com densidade de 0,45 g/cm3, para manter as densidades próximas de 0,70 g/cm3. As chapas de aglomerado foram fabricadas empregando-se partículas de resíduos (maravalhas) e de flocos, ambas processadas em moinho de martelo, apresentando as seguintes dimensões, respectivamente: 0,74 x 9,14 mm e 1,19 x 5,55 mm. De acordo com as dimensões apresentadas, os coeficientes de esbeltez foram de 12,35 (partículas de flocos) e 4,66 (partículas de resíduo). Os flocos foram oriundos de tábuas e costaneiras, apresentando dimensões de 20,00 x 0,46 x 90,00 mm. O adesivo utilizado para a confecção das chapas de aglomerado foi o de uréia- formaldeído e, para as chapas de OSB, fenol-formaldeído; ambos foram empregados na proporção de 8% de sólidos resinosos do adesivo, em relação à massa seca de partículas. Parte das chapas de OSB foi fabricada com flocos de eucaliptos acetilados. As chapas foram prensadas à temperatura de 170° e 32 C kgf/cm2 de pressão. Os painéis foram testados segundo as normas da ABNT NBR 14810-3 (2002) e ASTM-D 1037 (1991). Os resultados foram comparados utilizando-se as normas ANSI/A – 208.1 (1993) e CSA 0437-93 (1993). Os painéis de aglomerado que apresentaram as maiores médias nos testes físicos foram fabricados com partículas com maior coeficiente de esbeltez, procedentes da região do Vale do Rio Doce. Para dureza Janka e compressão longitudinal, as maiores médias foram obtidas para os produzidos com partículas com menor coeficiente de esbeltez, e, o contrário foi observado para os testes de tração perpendicular, módulo de ruptura e módulo de elasticidade. Os painéis fabricados com madeira da região do Cerrado apresentaram maiores médias para os ensaios de compressão longitudinal, tração perpendicular e módulo de ruptura. As espécies que apresentaram as maiores médias foram: Eucalyptus cloeziana (dureza Janka e arrancamento de parafuso), Eucalyptus cloeziana e Eucalyptus urophylla (tração perpendicular, módulo de ruptura e módulo de elasticidade). As chapas acetiladas apresentaram menores médias para os testes físicos. Contudo, a acetilação reduziu a resistência à tração perpendicular, onde as chapas com 100% de flocos acetilados apresentaram resultados inferiores ao estipulado pela norma CSA O437-0/93 (1993). Também, para os testes de arrancamento de parafuso, módulo de ruptura (sentido paralelo e perpendicular) e compressão longitudinal (sentido perpendicular), a acetilação exerceu efeito negativo nas chapas que tiveram 100% dos seus flocos acetilados, sendo estes fabricados com madeira de Eucalyptus grandis. As espécies que apresentaram, numericamente, as maiores médias foram: Eucalyptus grandis não-acetilado (dureza Janka) e Eucalyptus cloeziana misturado com Pinus sp (módulo de ruptura). Somente a resistência à compressão longitudinal foi afetada pela região de origem da madeira. Os painéis fabricados com madeira de Eucalyptus urophylla, da região do Cerrado, tiveram médias inferiores aos das chapas feitas com a mesma espécie, da região do Vale do Rio Doce.