Comportamento de eucalipto submetido a manejos de Urochloa spp
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de Mestrado em Fitotecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/4620 |
Resumo: | A interferência das espécies Urochloa brizantha e Urochloa decumbens pode causar danos irreversíveis as plantas de eucalipto. Com isso, torna-se necessário manejá-las corretamente a fim de favorecer crescimento da cultura. Neste trabalho, objetivou-se avaliar o crescimento inicial, as características silviculturais, as características fisiológicas, os teores de nutrientes nas folhas e a atividade microbiológica da rizosfera do eucalipto submetido a métodos de controle das espécies de Urochloa. O experimento foi conduzido em ambiente protegido, em DBC com cinco repetições, no esquema fatorial (5 x 2) +1, sendo cinco manejos de Urochloa spp. (sem controle; controle químico mantendo os resíduos da capina no vaso; controle químico retirando os resíduos da capina do vaso; controle mecânico mantendo os resíduos da capina no vaso e controle mecânico retirando os resíduos da capina do vaso), duas espécies de plantas daninhas (U. brizantha e U. decumbens) e uma testemunha (eucalipto isento de planta daninha). As unidades experimentais consistiram de vasos de 110 dm3 com uma planta de eucalipto e dez plantas de U. brizantha ou de U. decumbens, 50 plantas m-2. O crescimento do eucalipto foi mensurado a cada 10 dias por meio da altura de planta (cm) e do diâmetro do coleto (mm). Aos 18, 38, 48 e 105 dias após o transplantio (DAT) avaliou-se a taxa fotossintética, a taxa transpiratória, o consumo de CO2, a condutância estomática, a eficiência do uso de água, a concentração de CO2 interno, a razão entre as concentrações de carbono interno e de carbono atmosférico e a temperatura foliar. Após 107 DAT, coletaram-se separadamente folhas, caule, ramos e o sistema radicular do eucalipto para a determinação da matéria seca e área foliar. Amostras foliares do eucalipto também foram coletadas para a determinação dos teores de nutrientes e solo rizosférico para determinação da atividade microbiológica. Os resultados foram submetidos ao teste Dunnett, a 5% de probabilidade, sendo que apenas o manejo apresentou significância para as variáveis silviculturais, fisiológicas, taxa respiratória basal e o carbono da biomassa microbiana. Para a análise de nutrientes e quociente metabólico observou-se interação significativa para manejos e espécies. As plantas de eucalipto em competição apresentaram estagnação do diâmetro do coleto aos 20 DAT e decréscimos nas taxas fotossintéticas aos 48 DAT, indicando a necessidade da realização dos controles, que foram realizados aos 50 DAT. A altura de plantas não foi afetada pela presença das espécies competidoras até o momento do controle controle, porém, após o mesmo os tratamentos onde houve controle químico (mantendo ou retirando os resíduos da capina das espécies de Urochloa do vaso) e no tratamento onde houve controle mecânico mantendo os resíduos da capina das Urochloa spp. no vaso, o eucalipto apresentou maior ganho em altura, diferindo dos demais manejos e da testemunha. A convivência das espécies de Urochloa por 107 dias afetou o diâmetro do coleto, influenciando negativamente na matéria seca do eucalipto. O mesmo foi observado para a aérea foliar e taxa fotossintética e teores foliares de nitrogênio, manganês e ferro das plantas de eucalipto. Na presença de U. brizantha, o eucalipto apresentou menores teores foliares de fósforo para os manejos químicos, mantendo ou retirando os resíduos da capina dos agentes competidores, e maiores teores foliares de cobre no tratamento químico, mantendo os resíduos da capina de Urochloa spp. no vaso. Não houve impacto significativo na atividade da microbiota do solo pelos manejos. Conclui-se que a presença das espécies de Urochloa, por 107 dias, afetou negativamente as variáveis silviculturais e fisiológicas. Não observou-se diferenças entre os manejos químico e mecânico, mantendo ou retirando os resíduos da capina das espécies de Urochloa, evidenciando que todos os controles se mostraram eficientes e não causaram distúrbios aos micro-organismos da rizosfera do eucalipto. |