Produção de mandioca com manejo sustentável das plantas infestantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Soares, Daniel Oscar Pereira
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1983305425504470
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Agronomia Tropical
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8640
Resumo: Entre os sistemas de produção adotados no estado do Amazonas, a mandiocultura merece destaque em razão da grande importância histórica, social e econômica. A interferência das plantas infestantes constitui um importante fator de limitação da produção de mandioca na região. Apesar da importância desta cultura, ainda são escassos estudos voltados para o manejo sustentável das plantas infestantes e a segurança alimentar, no ecossistema amazônico. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a produtividade de mandioca, os resíduos de agrotóxicos e os atributos físicos e químicos do solo em função do manejo de plantas infestantes na cultura. Foram conduzidos dois experimentos na Fazenda Experimental – FAEXP da Universidade Federal do Amazonas, localizada no km 38, da rodovia BR 174, Manaus, Amazonas, no período de 2017 a 2020. O primeiro experimento foi conduzido em delineamento de blocos casualizados, com cinco tratamentos e cinco repetições. Os tratamentos foram: i) controle biológico com duas espécies de plantas de cobertura (Brachiaria ruziziensis e Mucuna pruriens), ii) controle químico com glifosato, iii) controle mecânico com enxada e, iv) sem controle de plantas infestantes. As características das culturas de cobertura avaliadas foram: massa seca, porcentagem de cobertura do solo e taxa de decomposição dos resíduos vegetais. A densidade do solo e a porosidade total foram determinadas. A contaminação das raízes de reserva foi avaliada com base na análise de resíduo de glifosato. O segundo experimento foi conduzido em delineamento de blocos casualizados, com seis tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram: i) controle biológico com três espécies de cobertura (Brachiaria ruziziensis, Canavalia ensiformis e Mucuna pruriens), ii) controle químico com glifosato, iii) controle mecânico com enxada e, iv) sem controle de plantas infestantes. Brachiaria ruziziensis apresentou maior peso seco e maior percentual de cobertura em comparação com M. pruriens. As propriedades físicas do solo não foram afetadas por nenhum dos tratamentos avaliados. Não houve detecção do glifosato e de seu metabólito, ácido aminometilfosfônico (AMPA), em nenhum dos tratamentos avaliados. Os tratamentos com os controles químico e físico das plantas infestantes promoveram as maiores produtividades, seguidos pelas coberturas B. ruzizienis e C. ensiformis. A produtividade obtida com B. ruziziensis foi próxima à obtida com o controle mecânico. As plantas de cobertura melhoraram as propriedades químicas do solo. O uso de B. ruzizienis e C. ensiformis constitui uma alternativa para práticas de manejo sustentável das infestantes em cultivos no ecossistema Amazônico.