Regeneração, maturação e germinação in vitro de embriões somáticos em palma de óleo (Elaeis guineenses Jacq)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Queiroz, Vanessa de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11686
Resumo: A palma de óleo (Elaeis guineenses Jacq.) é uma palmeira oleaginosa de importância econômica mundial. O desenvolvimento de plantios comerciais desta palmeira a partir da propagação in vitro de plantas elites oferece vantagens, como a padronização do crescimento das plantas e da produção de frutos, facilitando as práticas de manejo. A embriogênese somática pode contribuir para a propagação da palma de óleo, onde as etapas de regeneração e maturação de embriões somáticos e sua posterior conversão em plântulas, são essenciais para a obtenção de clones em longa escala. Entretanto, fatores intrínsecos e extrínsecos podem interferir no sucesso destas etapas. O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito da combinação dos níveis do fitormônio ácido abscísico (ABA), do regulador osmótico polietilenoglicol (PEG) e dos aminoácidos (AA) - asparagina, arginina e glutamina, na maturação de embriões somáticos em meio de cultura de regeneração/maturação. Adicionalmente, analisou-se a formação de plântulas (quantitativa e qualitativamente) em meio de germinação. Para tanto, estes componentes foram adicionados ao meio de maturação, sendo este composto pelos sais e vitaminas Y3 (Eeuwens, 1978), suplementado com 60 g L -1 de sacarose, 1 g L -1 de caseína hidrolisada, 100 mg L -1 de mio-inositol, 0,1 μM de ácido beta-naftoxiacético (BNOA) e 1000μM de putrescina, acrescido de 3 g L -1 de carvão ativado. O meio de germinação, também foi composto por sais e vitaminas Y3, suplementados com 30 g L -1 de sacarose, 1 g L -1 de caseína hidrolisada, 100 mg L -1 de mio-inositol, 330 mg L -1 de arginina, 330 mg L -1 de asparagina, 330 mg L -1 de glutamina, 0,54 μM de ANA e 1000 μM de putrescina. Foram utilizados calos embriogênicos do genótipo AM 21, preestabelecidos em meio de cultura de multiplicação. O experimento foi montado em um Delineamento Inteiramente Casualisado (DIC), no esquema fatorial 2x2x5; sendo, dois níveis de AA em mg L -1 (AA100 e AA330), dois níveis de PEG em g L -1 (PEG0 e PEG50) e cinco níveis de ABA em μM (ABA0, ABA3, ABA6, ABA12 e ABA24) totalizando 20 tratamentos e 4 repetições por tratamento. Os resultados da ANOVA apontam que a utilização do PEG, combinado com as doses 3, 6, 12 e 24 μM de ABA reduziram o número de embriões somáticos e posteriormente o número de plântulas em meio de germinação. Porém, a redução do potencial osmótico proporcionada pela adição de PEG, associado ao ABA, acelerou a maturação dos embriões somáticos. Os resultados histológicos e histoquímicos apontam que os embriões tratados com ABA e PEG apresentavam-se mais desenvolvidos e maduros, e tiveram respostas positivas para a presença de grãos de proteínas, lipídeos e amidos. Além disso, os embriões somáticos, oriundos de meio com menor potencial osmótico (PEG50) formaram plântulas em menor período de tempo.