Caracterização morfológica e fenológica de clones de palma de óleo (Elaeis guineenses Jacq.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Raissa Rafaella Silva dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/22069
Resumo: A palma de óleo (Elaeis guineensis Jacq.) produz o óleo vegetal mais consumido no mundo. Nesse contexto, além do essencial investimento em cultivares melhoradas e mais produtivas para expansão da cultura, é fundamental o desenvolvimento de técnicas avançadas de manejo e de propagação de plantas, como a produção de clones elites. Estes possibilitam a uniformização das populações e acelera a replicação in vitro de plantas altamente produtivas. A partir de um protocolo eficiente desenvolvido pela Universidade Federal de Viçosa para produção de clones de palma de óleo, essa pesquisa objetivou caracterizar morfologicamente e fenologicamente dois clones de palma de óleo, AM05 (Deli x Ekona) e PL17 (Deli x La Mé), em sua fase juvenil, e comparar a uniformidade dos clones em relação à cultivar seminífera tipo ‘Tenera’. A pesquisa foi desenvolvida na empresa Agropalma S.A., localizada no município de Tailândia-PA. O experimento foi conduzido no delineamento inteiramente ao acaso com três tratamentos: clone AM05, clone PL17 e a cultivar seminífera tipo ‘Tenera’ (testemunha). Para os tratamentos com clones foram utilizadas 25 repetições e para o tratamento testemunha foram utilizadas 50 repetições. As variáveis morfológicas avaliadas foram: número de folíolo (Nfol), comprimento de folíolo (Cfol), largura de folíolo (Lfol), comprimento de ráquis (CR), comprimento de pecíolo (CP), largura de pecíolo (LP) e espessura de pecíolo (EP). As variáveis fenológicas foram: emissão foliar (EFOL), inflorescência masculina (IM), inflorescência feminina em antese (IFA), inflorescência feminina fecunda (IFF), aborto de cachos (AB), cachos verdes (CAV) e cachos maduros (CM). Os dados foram analisados por meio de análise descritiva, utilizando-se o software SAEG. Os resultados da caracterização morfológica evidenciam que as plantas do clone AM05 apresentaram a maior média de NFOL (120,32 folíolos), CFOL (81,78 cm), CR (301,20 cm), CP (82,92 cm), LP (0,49 mm) e EP (0,31 mm). Portanto, o clone AM05 apresentou maior superfície foliar, indicando a possibilidade de obter melhor desempenho no aproveitamento da luminosidade para conversão em fotossíntese. Em relação à média geral de EFOL, o clone AM05 obteve a maior média (2,08), emitindo em média duas folhas por mês e a cultivar seminífera apresentou a maior variabilidade, com desvio padrão de 0,83. Quanto à caracterização fenológica, a emissão foliar tende a ser maior nos meses de maior precipitação pluviométrica na região. Em relação ao período de emissão de inflorescência masculina, o clone AM05 emite durante os meses de maior déficit hídrico (junho a novembro) e o clone PL17 durante meses de maior precipitação. Já as inflorescências femininas de todas as plantas analisadas são emitidas com maior frequência durante os períodos de maior precipitação. Diferentemente, a produção de cachos verdes e maduros ocorre durante o período de déficit hídrico.