Grupo Afro Ganga Zumba: dança e canto de mulheres quilombolas como educação antirracista na Zona da Mata mineira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Zeferino, Jaqueline Cardoso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Santa Catarina
Externas/Outras Instituições
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/30178
Resumo: A tese localiza-se no campo teórico, prático e político dos encruzamentos entre educação, cultura e arte com vistas a indicar perspectivas para o fazer educativo antirracista. O ponto de partida são as práticas de mulheres quilombolas da Comunidade do Bairro de Fátima - Ponte Nova/MG, denominadas “artístico-culturais”. O racismo epistêmico e genderizado enquanto operadores das colonialidades criam narrativas estáticas, desracializadas e folclóricas sobre quilombos descredibilizando a agência político-pedagógico feminina e o corpo negro em canto e dança como produtor, sistematizador e divulgador de conhecimento. Em resposta a esta política epistemicida se insere o Grupo Afro Ganga Zumba, uma entidade sociocultural e educativa fundada em 1988 por adolescentes negras como um grupo de dança afro. Há 34 anos o Grupo está engajado na ampliação dos espaços de participação social, cultural e política da população negra e quilombola de Minas Gerais. Apresento a tese de que a dança e o canto protagonizados pelas mulheres quilombolas do Grupo Afro Ganga Zumba são práticas educativas antirracistas. As análises se movimentam particularmente a partir da etnografia, da perspectiva negra da decolonialidade e do feminismo negro. Palavras-chave: Mulheres quilombolas. Educação antirracista. Educação Quilombola. Dança afro. Epistemicídio.