Morfologia floral, citometria de fluxo e citogenética em Lycopersicon esculentum Mill. acesso BGH 160

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Karsburg, Isane Vera
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética animal; Genética molecular e de microrganismos; Genética quantitativa; Genética vegetal; Me
Doutorado em Genética e Melhoramento
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1416
Resumo: O tomateiro (Lycopersicon esculentum Mill.) é a segunda olerícola mais cultivada no mundo. Na América Latina, seu maior produtor é o Brasil, com atualmente uma área total de 58,5 mil hectares e produção de 3,3 mil toneladas. Parte do aumento da produção tem sido atribuída aos investimentos em programas de melhoramento e às inovações geradas pelos processos biotecnológicos. Nesse contexto, estudos citogenéticos e citométricos podem contribuir com dados citológicos e genéticos para os programas de melhoramento e ser estendidos às outras áreas de conhecimento. Atentando para as controvérsias existentes na literatura e a necessidade de ampliar os conhecimentos das características do genoma em questão, o trabalho teve três objetivos principais em L. esculentum acesso BGH 160: (i) Caracterização das diferenças morfológicas dos botões florais, (ii) Quantificação do conteúdo de DNA e avaliação da ploidia foliar e das peças florais em diferentes estágios de desenvolvimento e (iii) Reavaliação citogenética do cariótipo. No decorrer das avaliações e caracterizações morfológicas realizadas em L. esculentum acesso BGH 160, foram observadas plantas normais e anormais quanto à estruturação dos botões florais em que as anormais apresentaram modificações na morfologia e constituição floral, formação e estruturação dos frutos e ausência de sementes. Entretanto, apenas pelo comportamento fenotípico do acesso em questão não foi possível identificar a provável causa da alteração na planta anormal. Levantaram-se as hipóteses de que alterações cromossômicas estruturais ou numéricas poderiam explicar essa anormalidade. Pela quantificação do conteúdo de DNA nuclear foram verificadas diferenças, as plantas normais apresentaram 2C = 1,96 pg e as anormais, 2C = 1,87 pg de DNA. Na análise da ploidia em sete folíolos terminais das plantas normais, foi verificada a variação de 2C e 4C a 8C dos núcleos, de maneira crescente em relação ao estágio de desenvolvimento fisiológico. Quando relacionada à variação da ploidia com a área foliar, foi observado correlação entre as duas variáveis nas plantas normais com relação aos núcleos 4C. Porém, nas plantas anormais, a área foliar não correspondeu à variação da ploidia, tanto que a correlação entre a ploidia e a área foliar foi negativa nos núcleos 8C. Considerando-se que o comportamento diferencial das plantas anormais poderia estar relacionado com a diferença do conteúdo de DNA, este estudo enfatizou as avaliações citogenéticas entre esses dois tipos de plantas. O complemento da planta normal apresentou 2n=24 cromossomos, com um par de cromossomos (6) metacêntrico e os demais submetacêntricos. O bandeamento Ag-NOR em L. esculentum var. Stupnické evidenciou, na porção mediana do cromossomo 1, a NOR ativa, além da identificação de uma deleção em L. esculentum acesso BGH 160 anormal presente em um dos homólogos do par 1. Concluiu-se que a deleção provavelmente seja responsável pelas alterações morfológicas dos botões florais e dos frutos. Os resultados deste trabalho representam uma contribuição para um melhor entendimento do genoma e citogenética do tomateiro.