Imobilização de células permeabilizadas de Debaryomyces hansenii UFV-1 em alginato de cálcio e sua aplicação na hidrólise de galactoligossacarídeos
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Bioquímica e Biologia molecular de plantas; Bioquímica e Biologia molecular animal Mestrado em Bioquímica Agrícola UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2464 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho foi imobilizar, em alginato de cálcio, células permeabilizadas da levedura Debaryomyces hansenii UFV-1 contendo uma [alfa]galactosidase, caracterizar a enzima presente nas células livres e imobilizadas e avaliar o potencial uso das células imobilizadas na hidrólise dos oligossacarídeos de rafinose (RO) presentes no extrato hidrossolúvel de soja. A levedura D. hansenii UFV-1 foi cultivada em meio mineral com extrato de levedura (MME), contendo galactose como fonte de carbono, por 36 h, a 30oC. Após este período, o meio foi centrifugado, o sobrenadante descartado e as células de D. hansenii UFV-1 contendo a enzima [alfa]galactosidase foram permeabilizadas com etanol 50% e posteriormente imobilizadas em alginato de cálcio. As células permeabilizadas apresentaram diminuição de 20,5 vezes na atividade de [alfa]galactosidase após a imobilização em alginato de cálcio. As maiores atividades de [alfa]galactosidase para as células permeabilizadas foram detectadas em pH 4,5, a 60oC, enquanto que para a enzima contida nas células permeabilizadas e imobilizadas as maiores atividades foram determinadas em pH 4,0 e a 70oC. A enzima contida nas células permeabilizadas manteve 82% da atividade original após pré-incubação a 60oC, por 5 h. A pré-incubação a 60 e 70 oC proporcionaram aumento no valor de atividade da [alfa]galactosidase contida nas células imobilizadas, a qual exibiu 157% da atividade original quando pré-incubada por 72 h, a 70oC. O valor da KM app da [alfa]galactosidase contida nas células permeabilizadas, para o substrato ρNP[alfa]Gal, foi de 0,32 mM, enquanto que, para a enzima contida nas células imobilizadas o KM app foi de 0,82 mM. A enzima contida nas células permeabilizadas demonstrou capacidade de hidrólise de rafinose, reduzindo 96,34% da concentração desse açúcar após incubação por 20 h, a 50oC. A [alfa]galactosidase contida nas células permeabilizadas e imobilizadas reduziu apenas 75,54% do açúcar rafinose, nas mesmas condições. Apesar da menor taxa de hidrólise do açúcar rafinose, em solução, pelas células imobilizadas, estas foram reutilizadas por mais 2 vezes nesse processo, somando 3 utilizações sem perda expressiva da atividade de [alfa]galactosidase. A utilização das células imobilizadas, contendo a [alfa]galactosidase, no tratamento dos RO em leite de soja, proporcionou redução de 100% dos teores de rafinose e estaquiose após incubação a 60oC, por 6 h. Esses resultados mostraram que as células imobilizadas de D. hansenii apresentaram potencial para a utilização industrial, no processamento dos RO presentes em produtos derivados de soja. |