Resiliência da estrutura em Argissolo sob diferentes usos, na Zona da Mata de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Portugal, Arley Figueiredo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Fertilidade do solo e nutrição de plantas; Gênese, Morfologia e Classificação, Mineralogia, Química,
Mestrado em Solos e Nutrição de Plantas
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Uso
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5522
Resumo: A estrutura apresenta grande importância no comportamento agrícola do solo, uma vez que exerce grande influência nos ciclos de carbono e de nutrientes, na capacidade de receber, estocar e transmitir água, na difusão de gases, na penetração das raízes e na capacidade de resistir à erosão, que são fatores determinantes para o crescimento das plantas. Nesse sentido, este trabalho objetivou verificar o grau da resiliência da estrutura de um solo submetido a diferentes usos e manejos. O trabalho foi realizado em Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata de Minas Gerais, classificado como Domínio dos Mares de Morros. Foram avaliados ambientes com seringueira, laranjeira, pastagem degradada e mata (referência). Os ambientes com seringueira e pastagem degradada encontram-se sob este uso há mais de 15 anos, e a laranjeira há 6 anos. Anteriormente os ambientes com seringueira, laranjeira e pastagem degradada foram cultivados com cana-de-açúcar por aproximadamente 100 anos, que provocou grande degradação do solo, pelo manejo aplicado e relevo movimentado. A amostragem em cada ambiente foi sucedida por coletas realizadas em trincheiras (3 repetições), nas profundidades de 0 a 10, 10 a 20 e 20 a 30 cm, onde foram coletadas amostras deformadas e indeformadas. Foi avaliada a macroestrutura no campo, a estabilidade e distribuição de agregados, morfologia dos agregados (QUANTPORO), densidade do solo, densidade de partículas, macro e microporosidade, equivalente de umidade, argila dispersa em água, grau de floculação e dispersão, textura, características químicas, mineralogia, micromorfologia, carbono orgânico e substâncias húmicas. Os resultados indicaram que o grau de resiliência da estrutura para as condições de referência (mata) foi seringueira > laranjeira > pastagem degradada, com ativa formação da estrutura por processos biológicos nos ambientes com seringueira e laranjeira, ao passo que no ambiente com pastagem a estrutura foi marcadamente influenciada por processos físicos. O ambiente com seringueira apresentou o grau mais avançado de resiliência estrutural, coexistindo os maiores valores de COT, ácidos fúlvicos, ácidos húmicos, humina, macroporosidades e retenções de água, e os menores valores de densidade do solo, em todas as profundidades, sendo inverso ao comportamento da pastagem degradada. Não houve diferenças entre os ambientes avaliados quanto a argila dispersa em água, grau de floculação, grau de dispersão e estabilidade e distribuição de agregados na profundidade de 0 a 10 e 10 a 20 cm, bem como na morfologia dos agregados em todas as profundidades. A análise micromorfológica confirmou a resiliência estrutural para as condições de referência (mata) na ordem seringueira > laranja > pastagem. A pastagem mostrou uma microestrutura massiva, em blocos quase totalmente coalescidos, e porosidade basicamente fissural, com raros canais biológicos, enquanto na seringueira houve um maior desenvolvimento estrutura, ocorrendo poros de empacotamento e grande volume de poros interagregados, e expressiva ocorrência de matéria orgânica leve e canais biológicos.