Caracterização fisiológica da senescência foliar em populações de Jatropha curcas L.
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de Doutorado em Fitotecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1141 |
Resumo: | No atual contexto político, com o programa nacional de produção e uso do biodiesel, o pinhão manso torna-se extremamente importante por produzir óleo cujo biodiesel apresenta características semelhantes ao diesel de petróleo. Jatropha curcas L. (Euphorbiaceae) é uma espécie oleaginosa, conhecida popularmente como pinhão manso. É uma planta rústica, encontrada nas mais diversas condições e da foclimáticas. O pinhão manso é uma planta de grande valor econômico, sobretudo por suas sementes constituírem matéria-prima para a produção de óleo e obtenção do biodiesel. Estas características têm contribuído para o aumento da exploração comercial desta cultura, haja vista o crescente interesse por parte de produtores no seu cultivo. A planta é caducifólia, tolerante ao déficit hídrico, as folhas senescem e caem em parte ou totalmente quando termina a estação chuvosa ou durante a estação fria, quando entra em um período de repouso. Neste estado a planta permanece até o começo da primavera ou da estação chuvosa. Pouco se conhece sobre a bioquímica e a fisiologia do pinhão manso; não se conhece as reais causas da queda das folhas no outono que coincide com a estação seca em algumas regiões. O presente trabalho objetivou avaliar parâmetros morfológicos e fisiológicos em folhas de pinhão manso em senescência foliar sob condições controladas de irrigação. O experimento foi conduzido na Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa (20º45 S, 42°54 W, 650 m altitude), Minas Gerais, nos meses de março, abril, maio e junho de 2010. Foram utilizadas plantas de quatro populações (Janaúba 01, Janaúba 03, Janaúba 05 e Bonfim 06) silvestres de pinhão manso (Jatropha curcas L.). As plantas possuíam quatro anos de idade. Após a análise do solo, realizou-se a adubação e a correção do pH de acordo com recomendações técnicas para a cultura. Utilizou-se o modelo de parcelas subdivididas (Split Plot), seguindo o delineamento em blocos casualizados, com três repetições e parcelas de duas plantas. As plantas foram submetidas a regimes hídricos diferenciais: plantas diariamente irrigadas mantendo a umidade do solo próxima a capacidade de campo e plantas não irrigadas. As análises de trocas gasosas, pigmentos fotossintéticos, nitrogênio, crescimento vegetativo, teor relativo de água na folha e área foliar específica, foram realizadas de 10 em 10 dias entre 07-11 h da manhã. As populações ficaram na parcela, enquanto tempos de avaliação e irrigação ficaram na sub-parcela. Os dados meteorológicos foram acompanhados diariamente, utilizando um termômetro digital (umidade e temperatura do ar) e pluviômetro. A deficiência de nitrogênio e o déficit hídrico não foram as causas da senescência foliar no outono, nas condições de Viçosa-MG. Os resultados demonstram que a redução da temperatura mínima e o aumento da amplitude térmica foram determinantes para o desencadeamento do processo de senescência foliar em plantas de pinhão manso. As populações de Jatropha curcas L. avaliadas apresentaram baixa variabilidade. A irrigação do solo com objetivo de evitar queda das folhas de pinhão manso não é justificada, uma vez que o déficit hídrico não é a causa da senescência foliar nas condições de Viçosa-MG e sim a redução da temperatura mínima. |