Microfungos fitopatogênicos em pteridófitas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Guatimosim, Eduardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27418
Resumo: Um estudo sobre fungos supostamente fitopatogênicos relacionados a plantas de Pteridophyta no Brasil foi realizado. Plantas desta divisão, comumente conhecidas como samambaias, têm ligações evolutivas diretas com as primeiras plantas vasculares que apareceram no final do período Devoniano. Conhecer a micobiota associada a este grupo de plantas é crucial para uma compreensão completa dos fungos e sua história evolutiva. No entanto, talvez devido a baixa relevância econômica das samambaias, este nicho permanece negligenciado pelos micologistas. Espécimes oriundos de diferentes biomas brasileiros, foram coletados durante sete anos de estudos (2009–2015). O total 180 isolados fúngicos, recuperados de 40 espécies de plantas hospedeiras em 135 diferentes localidades resultaram, até o presente momento na descrição de 23 novas espécies, a saber: Bloxamia cyatheicola, Cercospora samambaiae, Chalara cyatheae, Chalara lygodii, Inocyclus angularis, Lachnum catarinense, Lembosia abaxialis, Paramycosphaerella blechni, Paramycosphaerella cyatheae, Paramycosphaerella dicranopteridis-flexuosae, Paramycosphaerella sticheri, Phaeophleospora pteridivora, Psilachnum pteridii, Pseudocercospora brackenicola, Pseudocercospora paranaensis, Pseudocercospora trichogena, Pseudocercospora serpocaulonicola, Clypeosphaerella sticheri, Rhagadolobiopsis thelypteridis, Xenomycosphaerella alsophilae, Xenomycosphaerella cyatheae, Xenomycosphaerella diplazii e Zasmidium cyatheae, e dois novos gêneros: Clypeosphaerella e Rhagadolobiopsis. Adicionalmente, durante o estudo que visou elucidar o posicionamento evolutivo da ordem Asterinales, uma nova família – Asterotexiaceae (não relacionada à fungos oriundos de samambaias) – foi proposta, bem como o posicionamento filogenético dos gêrenos Batistinulla e Prillieuxina foi elucidado. Ademais, 4 novos relatos foram realizados no Brasil para as espécies Cercospora coniogrammes, Pseudocercospora abacopteridicola, Pseudocercospora lygodiicola e Pseudocercospora thelypteridis, bem como, 6 novas associações fungo-hospedeiro para as espécies Cercospora sp. e Lachnum varians. Desta forma, o presente trabalho permitiu uma melhor compreensão da biodiversidade de microfungos relacionada a pteridófitas no Brasil.