Pochonia chlamydosporia no controle biológico de Fasciola hepatica em bovinos e comparação de técnicas de sedimentação de ovos
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de Doutorado em Medicina Veterinária UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1477 |
Resumo: | A presença de helmintos causando prejuízos na pecuária é significativa no Brasil e no mundo. A Fasciola hepatica figura dentre os principais agentes responsáveis por essas perdas. Devido ao aumento de ocorrências de problemas de resistência anti- helmínticas e falhas no controle desses helmintos, o emprego de agentes de controle biológico tem sido estudado e tem apresentado resultados promissores. O presente trabalho tem como objetivos: avaliar a ação do fungo Pochonia chlamydosporia in vitro e in vivo sobre ovos de F. hepatica, após a passagem através do trato gastrintestinal de bovinos em formulações peletizadas; avaliar as condições climáticas sobre a produção de ovos de F. hepatica e avaliar três técnicas de sedimentação para quantificar os ovos de F. hepatica em fezes de bovinos. Para isso, amostras de fezes foram coletadas nos bovinos do grupo tratado com péletes contendo o fungo P. chlamydosporia e grupo controle com péletes se fungo nos tempos de 12, 18, 24, 48, 72 e 96 h após a administração dos péletes. O efeito ovicida foi observado após sete dias da interação. O fungo apresentou atividade ovicida sobre ovos de F. hepatica nas amostras (grupo tratado) em todos os tempos a partir de 12 h. Diferenças significativas (p<0,01) na destruição de ovos dos animais do grupo tratado em comparação com o controle foi verificada. Esses resultados sugerem o emprego desse fungo de forma eficaz para o controle de ovos de F. hepatica. Trinta dias após a vermifugação, os animais foram separados em dois piquetes semelhantes e administrados via oral péletes contendo 25% de massa micelial de P. chlamydosporia (grupo B) e sem fungo (grupo A), a uma dose de 100 gramas, duas vezes por semana, durante 18 meses. A média de ovos de F. hepatica por grama de fezes foi maior (p<0,01) no grupo A (1,19) em comparação com o B (0,82). Após 18 meses, os animais do grupo B ganharam a mais 42,33 kg (17,82%) comparados aos do grupo A (p<0,01). Durante os 18 meses, mensalmente, as amostras de fezes de bovinos foram recolhidas nas pastagens dos grupos A e B e foram incubadas para observar estruturas referentes ao fungo P. chlamydosporia e foram identificados apenas nas amostras coletadas no piquete do grupo B. A média de ovos por grama de fezes das amostras coletadas entre os períodos de chuva (outubro a março) e seca (abril a setembro) não foram diferentes (P>0,05) e, dessa forma, é possível que os animais possam ser infectados por F. hepatica durante todo o ano. As técnicas de sedimentação modificadas de Dennis, Stone & Swanson (DSS), Girão e Ueno (quatro tamises) e Foreyt foram comparadas. A técnica de DSS modificada foi a mais sensível (p<0,01) (48,60%). As três técnicas apresentaram especificidade de 100%. Não houve correlação na contagem de ovos obtidos pelas três técnicas e coeficientes significativos não foram observados por análise de regressão. A técnica DSS modificada foi a mais eficaz para o diagnóstico de F. hepatica em bovinos (p <0,01). A aplicação de formulação fúngica com P. chlamydosporia (25%) foi eficaz na redução da disponibilidade de ovos no ambiente e, por conseguinte, nas reinfecções em bovinos. |