Controle biológico de Echinostoma Paraensei pelo fungo nematófago Pochonia chlamydosporia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Lelis, Rosane Teixeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de
Mestrado em Medicina Veterinária
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5182
Resumo: Echinostoma paraensei é um trematóide do gênero Echinostoma que pode causar a equinostomíase em humanos. Os objetivos desse trabalho foram avaliar a atividade ovicida dos isolados VC1 e VC4 do fungo nematófago Pochonia chlamydosporia em meio sólido ágar- água 2% sobre ovos de Echinostoma paraensei, selecionando o isolado mais eficaz (ensaio A); avaliar o efeito ovicida (destruição dos ovos) do isolado mais eficaz em meios de cultura ágar suplementados (ensaio B) e avaliar a capacidade ovicida do extrato bruto enzimático do melhor isolado sobre ovos de E. paraensei (ensaio C). Mil ovos de E. paraensei (ensaio A) foram colocados em placas de Petri contendo ágar-água 2% (AA 2%) com um isolado do fungo P. chlamydosporia crescido (VC1 ou VC4) durante 10 dias, e sem fungo como controle. Seis repetições foram feitas para ambos o grupo tratado e controle. Após 15 dias, cerca de cem ovos foram retirados de cada placa e classificados de acordo com os seguintes parâmetros: tipo 1, efeito fisiológico sem prejuízo morfológico à casca do ovo, onde hifas são observadas aderidas à casca; tipo 2, efeito lítico com alteração morfológica da casca e embrião do ovo, com penetração de hifas através da casca; e tipo 3 efeito lítico com alteração morfológica do embrião e da casca, além de penetração de hifas e colonização interna do ovo. No ensaio B, ovos de E. paraensei foram colocados em placas de Petri com diferentes meios de cultura ágar suplementados: ágar-quitina 2% (AQ 2%), corn-meal-ágar 2% (CMA 2%), ágar-água 2% (AA 2%) e ágar- amido 2% (SSA 2%) com o isolado VC4 (o mais eficaz), no grupo controle não foram utilizados fungos. Seis repetições foram feitas para cada tratamento. Depois de 25 dias, cem ovos foram retirados de cada placa e o efeito ovicida foi avaliado de acordo com os parâmetros já citados. No ensaio C, mil ovos de E. paraensei foram vertidos para placas de Petri com 5ml de extrato bruto do isolado VC4 constituindo o grupo tratado. O grupo controle tinha 1.000 ovos em 10 ml de água destilada nas placas de Petri. Cada tratamento foi constituído por seis repetições. Após 7 dias, foram contados o número total de ovos de E. paraensei presentes em cada placa dos grupos tratado e controle de acordo com a metodologia descrita por Mukhtar e Pervaz. No ensaio A, foi observado que não houve diferença (p>0,05) na atividade ovicida entre os isolados testados, contudo, o maior percentual para a atividade ovicida (efeito do tipo 3) foi demonstrado pelo isolado VC4. No ensaio B, o meio de cultura ágar- amido 2% (SSA 2%) apresentou os melhores resultados para a destruição dos ovos ao final de 25 dias de interação, com um percentual de 46.6%. No ensaio C, o extrato bruto de VC4 demonstrou ser eficaz na destruição dos ovos de E. paraensei ao final de 7 dias com um percentual de redução de 53%. Os resultados dos ensaios experimentais in vitro A, B e C demonstraram que P. chlamydosporia (VC1 e VC4) influenciou de forma negativa sobre os ovos de E. paraensei, e assim pode ser considerado como um potencial candidato a controlador biológico desse helminto.