Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
Pontes, Frederico Silva Thé |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11359
|
Resumo: |
O baixo nível de renda dos produtores rurais familiares do Vale do Acre, na Amazônia brasileira, traz como conseqüências dois grandes entraves ao desenvolvimento da região: a devastação da floresta, pela necessidade de se obterem ganhos a qualquer custo, e o êxodo rural dos que não conseguem subsistir no campo. Este problema é tratado pela literatura sob a perspectiva de alternativas tecnológicas aos sistemas de produção rural predominantes (agrícola e extrativista), apontando como alternativa principal o sistema agroflorestal, que busca conciliar aumento de renda do produtor com conservação dos recursos florestais. Este estudo objetiva investigar o processo de determinação do uso de tecnologia moderna e da participação de pequenos produtores rurais nos sistemas extrativista, agrícola e agroflorestal no Vale do Acre. A discussão aqui estabelecida busca comprovar a hipótese de que o estabelecimento e a predominância do sistema agroflorestal na região dependem do incentivo governamental, materializado, principalmente, em políticas de concessão de crédito, entre outras. Com base em dados sobre os sistemas extrativista, agrícola e agroflorestal, contata-se que o nível de adoção e disseminação de tecnologia entre os produtores estudados revela-se acentuadamente baixo, destacando o sistema agroflorestal como o que mais gasta com modernas práticas de produção. As variáveis que tiveram maior efeito positivo sobre a adoção de tecnologia foram o crédito e o índice de capitalização dos produtores, materializado na relação entre capital constante e valor total da força de trabalho empregada, enquanto a participação da força de trabalho familiar no total de trabalho empregado e a distância que separa a propriedade dos centros urbanos tiveram maior efeito negativo. Esses resultados foram ratificados em entrevistas feitas com produtores dos sistemas agrícola e extrativista. A análise dos determinantes da participação dos produtores nos sistemas de produção estudados permite concluir que quanto maior o volume de crédito concedido e a capitalização do produtor e quanto menores forem a distância que separa as propriedades dos centros urbanos e a força de trabalho familiar empregada, maior será a possibilidade de um produtor pertencer ao sistema agroflorestal. Desse modo, de acordo com as atuais características dos produtores e das propriedades rurais da região, o sistema agrícola é o que desperta maior interesse entre os produtores, com 95% de chance de um produtor optar por esse sistema de produção. Esta constatação demonstra que o empenho governamental em fazer prevalecer na região o sistema agroflorestal deve ser tão intenso quanto duradouro e baseado em políticas que influenciem o processo de tomada de decisão do produtor, evidenciando a ênfase nas variáveis crédito, índice de capitalização e, para futuros assentamentos de produtores, distância das propriedades aos centros urbanos, que foram as variáveis sujeitas à intervenção governamental que, na amostra estudada, mostraram maior associação com o uso do sistema agroflorestal. |