Manual técnico de construção e manejo de Compost Barn para vacas leiteiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Caldato, Emília Mara Rabelo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27595
Resumo: A demanda por alimentos será cada vez maior com o crescimento da população mundial, aumentando também a demanda por leite. Uma alternativa para alcançar maiores produções são os confinamentos, maximizando a produção por área. Desse modo, este material abordará aspectos relacionados à construção e manejo do sistema de confinamento tipo Compost Barn, com base em um compilado da literatura existente, bem como experiência prévia dos autores. Com este material será possível definir os principais ponto na elaboração de um projeto de Compost Barn, bem como seu manejo adequado, para que o sistema tenha sucesso. O Compost Bedded Pack, mais conhecido como Compost Barn, surgiu nos EUA em 1980. Sua origem vem do já conhecido Loose Housing, que veio como alternativa ao Free Stall para reduzir lesões de jarrete e problemas de casco. No entanto, a utilização do Loose Housing não foi bem aceita, devido à dificuldades de manejo da cama, que precisa ser retirada e reposta com grande frequência. Já no Compost Barn, a cama é composta por materiais orgânicos, como serragem, onde urina e fezes são incorporadas diariamente gerando um processo de compostagem que mantém a cama seca e os animais limpos. Uma das vantagens observadas no sistema é o bem- estar dos animais alojados, pois, por se tratar de uma cama coletiva e composta por material macio, os animais tendem a expressar movimentos e posições comuns de seu habitat natural. Neste sistema o conforto térmico precisa ser muito bem observado, pois a ventilação é imprescindível para atenuar o estresse térmico comum em vacas leiteiras, bem como auxiliar na secagem da cama. Além disso, maior atenção deve ser dada quanto ao dimensionamento do espaçamento de cama por animal (mínimo 15 m2 por animal), bem como o espaçamento de cocho (mínimo 80 cm linear livre por animal) e bebedouros (mínimo 90 cm lineares a cada 15 vacas). Os materiais mais usados como cama são serragem ou maravalha. Outros materiais podem ser usados como palha de café, palha de arroz, palha de trigo, entre outros, no entanto o seu uso deve ser associado à serragem. A cama deve ser revolvida duas vezes ao dia, podendo ser esta frequência maior de acordo com o estado da cama e clima local. O processo de compostagem da cama precisa de fontes de carbono provenientes dos materiais de cama e fontes de nitrogênio provenientes do esterco e urina. Quando se tem excesso de matéria orgânica há uma deficiência no processo de compostagem, pois há uma redução das fontes de carbono, sendo necessário repor material de cama. A incidência de mastite nesse sistema está diretamente ligada a qualidade da cama. Um dos indicativos de que a cama não está na qualidade adequada é observar o escore de limpeza dos animais e a incidência de mastite. Animais limpos terão menor aderência de sujeira, reduzindo a probabilidade de mastite. Finalmente, em virtude da maciez da cama, geralmente os problemas com casco também são reduzidos no Compost Barn. Apesar das vantagens apontadas acima, este ainda é um sistema relativamente novo e há necessidade de padronizar as recomendações presentes na literatura para que os resultados em termos de produção de leite, saúde e conforto animal sejam observados. Palavras-chave: Confinamento. Compostagem. Escore de limpeza. Free Stall.