Doença subclínica associada ao Porcine circovirus 2 (PCV-2) em rebanho suíno: avaliação sorológica, Histopatológica e quantificação viral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Simão, Gustavo Manoel Rigueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de
Mestrado em Medicina Veterinária
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5015
Resumo: O Porcine circovirus 2 (PCV-2) é um vírus pequeno, não-envelopado e pertencente à família Circoviridae, por apresentar forma icosaédrica e genoma circular. O PCV-2 é o principal agente causador da síndrome de refugagem multisistêmica pós-desmame do suíno (PMWS), uma das mais importantes doenças emergentes de suínos no mundo, identificada, em 1991, em animais livres de patógenos específicos (SPF) e descrita pela primeira vez em 1997. O PCV-2 está associado a várias outras síndromes, o que levou a uma nova denominação para a doença: Doenças associadas ao PCV-2 (PCVAD). Tão importante quanto a doença clínica, a infecção subclínica pelo PCV-2 tem ganhado grande importância nos estudos da circovirose suína. O objetivo deste trabalho foi analisar os indicadores laboratoriais da doença subclínica associada ao PCV-2 e associar os parâmetros produtivos de suínos de abate naturalmente infectados. Para isso, foram coletadas amostras de soros e linfonodos inguinais individuais de sessenta e quatro suínos de abate clinicamente sadios. Parâmetros produtivos como peso vivo (PV) e o peso da carcaça quente (PCQ) de cada animal também foram mensurados para posterior associação. A carga viral no linfonodo e no soro foi quantificada pela PCR em tempo real e os anticorpos neutralizantes (AN) foram titulados pelo teste de neutralização viral (TNV). Os linfonodos foram examinados quanto à depleção linfóide, proliferação de histiócitos e presença de células gigantes multinucleadas. Foram avaliados em sem lesão significativa (SLS), estágio I (lesão leve), II (lesão moderada) ou III (lesão severa). A carga viral presente nos linfonodos inguinais e nos soros variou de 103,82 a 106,77 cópias de PCV-2/500ng de DNA total e de 0 a 102,89 cópias de PCV-2/5&#956;L de DNA, respectivamente. Não houve diferença significativa entre os valores das cargas virais, considerando o sexo. Também não houve correlação significativa entre as cargas virais e os parâmetros produtivos analisados. Dentre os animais analisados, 53,13% não apresentaram lesões significativas no linfonodo, 37,5% foram classificados em estágio I e 9,37% em estágio II de lesão. A titulação de AN se mostrou variável entre os suínos analisados. Os títulos variaram de 64 a 2048, sendo este último representado por 65,62% dos animais. Foi encontrada diferença significativa entre os valores da carga viral nos linfonodos em relação aos títulos de AN (p<0,05), nas amostras com títulos 512 e 2048. Podemos concluir que a infectividade do PCV-2 se mostrou semelhante entre machos e fêmeas e que achados laboratoriais da infecção subclínica, associada ao PCV2, não apresentam associação com os parâmetros produtivos. Portanto, foi avaliada e demonstrada a ocorrência da doença subclínica no rebanho analisado. Desta forma, permanecem ainda como objeto de pesquisa maiores estudos sobre a implicação desta nova apresentação da doença em rebanhos de suínos.