Efeito da cloração orgânica na uniformidade de distribuição de água em sistema de irrigação por gotejamento utilizando água ferruginosa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Martins, Cristiani Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Construções rurais e ambiência; Energia na agricultura; Mecanização agrícola; Processamento de produ
Mestrado em Engenharia Agrícola
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3669
Resumo: Com o aumento em área da irrigação localizada no Brasil, começaram a vir a público problemas de perda de desempenho de equipamentos, em regiões com águas superficiais com elevados teores de ferro total, como o norte do Espírito Santo. O objetivo do presente trabalho foi: avaliar o desempenho de sistemas de irrigação por gotejamento utilizados na irrigação com água ferruginosa, verificar a eficiência do tratamento químico com dicloroisocianurato de sódio (65%) na prevenção do entupimento e identificar as ferrobactérias causadoras da obstrução de gotejadores. Este trabalho foi realizado em uma área experimental na escola Agrotécnica Federal de Santa Teresa, Espírito Santo. Para avaliar o efeito da cloração orgânica na uniformidade de distribuição de água e na vazão de três modelos de tubogotejadores (M1; M2 e M3) foram testados quatro concentrações de cloro livre: nível N1 (sem aplicação de cloro), nível N2 (15 mg L-1 de cloro livre), nível N3 (30 mg L-1 de cloro livre) e nível N4 (45 mg L-1 de cloro livre). As avaliações foram realizadas no início do experimento e a cada 100 horas de funcionamento do sistema, totalizando 8 avaliações. O produto foi aplicado por uma hora, após cada avaliação de uniformidade. No final do experimento, foram retiradas amostras dos tubogotejadores para identificar a presença de ferrobactérias causadoras de entupimento. Após 700 horas de funcionamento, na subunidade de irrigação que não recebeu o tratamento com o dicloro (N1), os valores do CUC, CUD, Us e da vazão do tubogotejador M1 reduziram de: 23; 30,2; 28,35 e 26,13%, respectivamente; e para o modelo M2 as reduções foram de 12,3; 19,5; 16,25 e 27,4%, respectivamente. Para o modelo M3 ocorreram reduções no CUC, CUD e Us de 8,2; 15,17; 12,5%, entretanto, a vazão, diferentemente dos outros modelos, sofreu um incremento de 1%. O CVq no nível N1, apresentou aumento na variação para os três tubogotejadores. Os distintos tratamentos com dicloro (N2, N3 e N4) foram eficientes na prevenção de entupimento. Os tubogotejadores M1 e M3 apresentaram tendência em manter vazões constantes em todas as avaliações. Os três modelos de tubogotejadores apresentaram menores variações de vazão nas subunidades que receberam aplicação do cloro orgânico. Bactérias dos gêneros Gallionella e Leptpthrix foram encontradas nos tubogotejadores, constatando-se a presença de 1 a 10 filamentos por célula em todas as amostras analisadas.