Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Basso, Vanessa Maria |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6777
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Resumo: |
A certificação florestal é uma ferramenta de mercado, voluntária e não governamental que está sendo utilizada como mecanismo de garantia para o “bom manejo florestal”, sob o cumprimento de princípios ambientais, econômicos e sociais. São vários os fatores que levam uma organização florestal a buscar uma certificação, tais como: exigências de mercados, críticas socioambientais da sociedade, requerimentos legais, necessidade de melhoria da imagem institucional, dentre outros. Um dos principais sistemas de certificação florestal reconhecido mundialmente é o FSC – Forest Stewardship Council, atuante desde de 1993. Ao reconhecer que o continente americano é um grande produtor e exportador de produtos florestais no mercado mundial e, também, possui extensas áreas com florestas naturais e plantações florestais, viu-se a necessidade de entender como a certificação florestal vem sendo impulsionada em seus países. Assim, buscou-se com a presente pesquisa analisar as influências, contribuições, oportunidades e desafios da certificação florestal pelo sistema FSC nos principais países com produção florestal no continente. O estudo foi dividido em três capítulos e desenvolvido a partir de metodologias da pesquisa social, em específico a pesquisa descritiva por meio de análise de documentos oficiais. Como resultados, verificou-se que apesar do aumento de certificados de manejo florestal, na última década, o percentual de área certificada ainda é baixo se comparado com a área de florestas nativas e de produção florestal dos países americanos. Os países com maior número de certificados são Estados Unidos, Canadá e Brasil. Entretanto, os fatores que influenciaram cada país foram diferentes. O Canadá apresentou a maior área certificada impulsionados por incentivos e exigências de seu governo e indústrias. Os Estados Unidos apresentaram o maior número de certificados de Unidades de Manejo florestal (UMF), que possivelmente foram impulsionados pelas críticas da sociedade e suas organizações florestais buscaram a certificação como evidência de suas boas práticas socioambientais. Já no Brasil, dois fatores contribuíram para que os empreendimentos florestais buscassem a certificação: as críticas da sociedade e as exigências de mercado, principalmente, da União Europeia. Com relação à certificação de pequenas propriedades têm-se destaque as iniciativas na Guatemala, Honduras e México, que contaram com apoio de seus governos e de ONGs internacionais. Contudo, de forma geral, na maior parte dos países analisados, o mercado interno ainda não requer a certificação florestal, o que acaba por não gerar demanda para que as demais organizações do setor se certifiquem. Quanto aos desvios, verificou-se um menor percentual de não conformidades entre as organizações dos Estados Unidos e do Canadá, o que sinaliza melhor preparo nas atividades de manejo. Nestes países os maiores desvios estavam relacionados às questões ambientais. Já nos demais países da América Latina, independente da escala, os percentuais de não conformidades por organização foram bem maiores e prevaleceram sobre os quesitos trabalhistas, seguidos das questões ambientais. Com relação aos benefícios econômicos, estudando se casos no Brasil, verificou-se que as contribuições da certificação florestal foram baixas. Acredita-se que uma análise aprofundada, em que sejam considerados as contribuições socioambientais indiretas, poderá evidenciar melhor os benefícios econômicos. Por fim, verifica-se como ponto positivo, em todos os casos, é que a adesão à certificação florestal exigiu a implementação de modelos de gestão ambiental e social mais rigorosos que os aplicados anteriormente à decisão da certificação. Um ponto fundamental para que os números de certificados florestais aumentem nos países americanos é a geração de demanda em seus mercados internos. Assim, é importante que o sistema de certificação FSC e as partes envolvidas no processo amplie sua divulgação e imagem do que realmente significa a sua logomarca para os consumidores finais. |